A coroação do príncipe regente foi um momento crucial para a consolidação do Império. Entenda!
A Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, deu início à organização de um império descolado de Portugal. Mas o momento crucial para consolidar esse novo governo se deu de forma tradicional: com a coroação de Pedro, o príncipe regente, como Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.
PRIMEIRO IMPERADOR
Em outubro de 1822, o Rio de Janeiro entrava em euforia com a volta de D. Pedro. O burburinho corria solto em lojas e mercados, e o barulho dos sinos se misturava com exclamações da população. Retornando de São Paulo, ele foi aplaudido ao descer no Campo de Santana, e fez um longo desfile pela capital do Império.
Pelas ruas, a multidão gritava “Vivas” ao novo monarca, em uma comemoração que fazia parte da tradição portuguesa. Poucas semanas depois, o príncipe viria a ser sagrado e coroado, em uma cerimônia com pompa absolutista envolta no calor dos trópicos.
Para celebrar a ocasião e demonstrar poder, no dia 1 de dezembro o Imperador mandou criar a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul, inspirada pelos símbolos franceses. E a influência da França nos trópicos não parou por aí: com a implantação da Missão Artística Francesa no Brasil, pintores como Jean-Baptiste Debret causaram uma revolução nas Belas-Artes, registrando em pinturas, cartas e diários a realidade do Rio de Janeiro na época.
A Ordem do Cruzeiro do Sul enviou condecorações a brasileiros e estrangeiros que tinham relevância política no país até então. Essa e a Ordem Imperial da Rosa, criada posteriormente, fizeram com que o Imperador concedesse 189 insígnias a seus aliados. Número superado por seu filho, D. Pedro II, que concedeu mais de 14 mil condecorações.
PROBLEMAS NO REINADO
Mas, apesar da ostentação, o nascente Império enfrentaria dificuldades para se consolidar. E os problemas eram agravados pelo comportamento atribulado de D. Pedro, que acabou dissolvendo a Assembleia Constituinte e abandonando seu pensamento liberal. Além disso, com a morte de D. João VI, sua indecisão entre o trono do Brasil e de Portugal acabaria minando a popularidade que ele tinha.
Abdicando do trono em nome do filho, D. Pedro I acabaria retornando a Portugal e morrendo de tuberculose, em 24 de setembro de 1834. Em seu sepultamento, ele não foi enterrado como um Imperador, mas como um simples general. E o Império do Brasil ainda demoraria algum tempo para se emancipar completamente da metrópole portuguesa.
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