Palácio, conhecido por ter sido palco do “Dia do Fico” de D. Pedro I, teve outros usos ao longo da história
Hoje, conhecemos o palácio situado na Praça Quinze de Novembro, no centro da cidade do Rio de Janeiro, como o Paço Imperial, mas nem sempre foi assim. A construção, que começou a ser feita em 1738, contou com vários usos ao longo da história.
O local foi palco de momentos relevantes da história brasileira, como o “Dia do Fico”, protagonizado por D. Pedro I em 9 de janeiro de 1822 e a assinatura da Lei Áurea, responsável por abolir a escravidão no Brasil.
Pensando na importância do Paço Imperial, veja 5 curiosidades sobre o palácio.
A história do Paço Imperial começa com o conde Antônio Gomes Freire de Andrade. Foi o nobre quem escreveu uma carta diretamente ao rei de Portugal, então D. João V, para reclamar que sua residência era muito simples.
Tendo seu pedido atendido, um engenheiro português, o militar José Fernandes Alpoim, começou as obras para a construção da nova sede da capitania do Rio de Janeiro, que duraram entre 1738 e 1743. O capitão-general viveu no local até o final de sua vida.
Após a morte do conde, em 1763, a residência ficou conhecida como Palácio dos Vice-Reis. Isso aconteceu porque, por coincidência, naquele mesmo ano, o governo-geral do Brasil mudou sua sede para o Rio, eleita capital da então colônia.
Somente a partir de 1808 que a residência começaria a abrigar a família imperial, motivo pelo qual é mais famosa hoje. Viveram lá D. João — na época príncipe regente, mas que seria coroado D. João VI — Dona Maria, o restante da Corte e seus criados.
Nos primeiros anos, o local abrigou toda a família imperial, mas D. João decidiu se mudar para a Quinta da Boa Vista, deixando no palácio sua esposa, Carlota Joaquina, e suas filhas.
Embora menos movimentado, o Paço Real passou a servir como espaço para eventos importantes da Coroa, como coroações e casamentos. A posição central da construção na cidade do Rio de Janeiro justificava seu uso para essas ocasiões.
Ainda que tenha tido outros usos ao longo da história — já foi sede da Casa da Moeda e tem cômodos que já foram usados como cárcere, por exemplo — o Paço Imperial é mais conhecido por ter sido palco de momentos importantes da história do país.
Foi lá que como que D. Pedro I protagonizou o lendário “Dia do Fico” em 9 de janeiro de 1822, revelando que não voltaria para Portugal. Também foi no palácio que aconteceu a assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
O local histórico passou por inúmeras reformas ao longo dos anos a fim de manter parte da história do Brasil preservada por meio de sua construção. Espaços foram adicionados ou modificados desde que a família imperial viveu lá.
Hoje, quem quiser ter um vislumbre do palácio pode conhecer o Paço Imperial no Rio de Janeiro, que está aberto à visitação, e andar pelos mesmos corredores de notórios imperadores e nobres do passado.