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Matérias / Família Real Britânica

Opinião: Entrevista de Harry e Meghan levou a Inglaterra de volta a 1995

Assim como Diana, seu filho mais novo se libertou da família real e não teve medo de contar sua história

Alana Sousa Publicado em 13/03/2021, às 07h00 - Atualizado às 09h47

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Harry e Meghan em entrevista com Oprah - Divulgação/NBC News
Harry e Meghan em entrevista com Oprah - Divulgação/NBC News

O Reino Unido parou para ver uma das entrevistas mais bombásticas já televisionadas. Prometendo expor o sofrimento que passou na família real britânica, a princesa Diana chocou o mundo. Ainda que a polêmica conversa com Martin Bashir, transmitida pela BBC, tenha acontecido em novembro de 1995, vivemos para ver a história se repetir; dessa vez com seu filho Harry.

O cenário de expectativa foi o mesmo no domingo de 7 de março, 26 anos depois, quando Meghan Markle e Harry confessaram episódios perturbadores para a apresentadora Oprah Winfrey. Após o fim da conversa, era nítida a semelhança com a inesquecível entrevista da Princesa de Gales.

Enquanto muitos internautas se referiram a Meghan como uma “Diana 2.0”, as similaridades vão muito além da superfície. Assim como a mãe, Harry deixou a corte de Elizabeth II, afirmando que tinha medo de “a história se repetir”, fazendo alusão ao trágico fim de Lady Di.

Diana em entrevista com Martin Bashir, em 1995 / Crédito: Divulgação / BBC

Usando uma pulseira de diamantes da Princesa do Povo, a ex-atriz americana se mostrou vulnerável ao contar sobre os momentos mais sombrios. Além de passar por uma depressão, Markle falou que nenhuma ajuda foi lhe oferecida. Podemos lembrar aqui dos episódios de bulimia e depressão pós-parto contra os quais a Princesa do Povo lutou em segredo.  

Não é novidade para ninguém que a vida na corte não é a mais calorosa, entre protocolos a seguir e uma imagem a manter, a monarca retirou todos os títulos militares de Harry assim que o neto deixou a família real.

Por coincidência — ou não —, Diana guardou uma fortuna para ser dividida entre os filhos assim que completassem 30 anos, parecendo uma trama inexplicável, foi o mesmo dinheiro que salvou o Duque de Sussex e lhe permitiu abandonar sua antiga vida.

O corte financeiro foi um dos itens de uma extensa lista de coisas que Harry e Meghan perderam, assim como Diana quando se divorciou de Charles. Além de serem proibidos de usar o acrônimo HRM (Sua Majestade Real, Sua Alteza Real), privilégios reais e até mesmo o título de Duque e Duquesa de Sussex estariam em análise. O casal seguirá como outro qualquer, cortados de maneira fria, escandalizando o mundo e quebrando um ciclo que, segundo Harry, seu irmão William jamais poderia fazer.

Se na entrevista de Diana, a mais polêmica confissão foi o caso extraconjugal de Charles com Camilla Parker Bowles, a Duquesa da Cornualha, rendendo a icônica frase: “Bem, éramos três neste casamento, então estava um pouco lotado”;? na conversa com Oprah, o tema foi mais preocupante.

Um debate preconceituoso tomou conta da corte real, a tormenta girava em torno da cor de pele do futuro filho de Harry. "Naqueles meses, quando eu estava grávida, havia preocupações e conversas sobre o quão escura sua pele poderia ser quando ele nasceu", indagou Meghan. A apresentadora por sua vez se mostrou desacreditada, e insistiu em saber quem iniciara a questão, ao que Harry negou que fosse sua avó.

Fotografia do Príncipe Harry e Meghan Markle na entrevista / Crédito: Getty Images

Apesar de viver muitos dos mesmos dramas da falecida sogra, como a perseguição da imprensa, invenção de intrigas com outros membros reais e total desamparo por parte da família britânica, Meghan ainda agrega para este catálogo os inúmeros comentários racistas.

Para Harry, as injúrias raciais foram importantes para a decisão de seguir um novo rumo. Mas parece que os membros não estão tão interessados em se explicarem, enquanto um porta-voz alegou que as acusações são “preocupantes”, William deu o que pode ser a fala mais fraca de todas, em entrevista repercutida pela BBC, o marido de Kate Middleton disse: “Não somos uma família racista”. 

Por fim, Diana estaria orgulhosa de sua nora e, ainda mais, de seu filho, que herdou sua coragem e optou por honrar sua história, assim como a Princesa de Gales era amada por seu povo, Harry já conquistou sua posição de predileto da realeza.


**A análise não representa, necessariamente, a opinião do site Aventuras na História.


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