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Matérias / Cuba

A trágica morte do filho de Fidel Castro

Apenas 15 meses depois da morte do pai, o primogênito do líder revolucionário conhecido como Fidelito tirou a própria vida na cidade de Havana

Isabela Barreiros Publicado em 12/02/2020, às 17h55

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Fidelito e Fidel Castro em 1959 - Getty Images
Fidelito e Fidel Castro em 1959 - Getty Images

Até hoje não se sabe o número exato de filhos que Fidel Castro teve. De acordo com a jornalista estadunidense Ann Louise Bardach em seu livro Without Fidel (Sem Fidel, em tradução livre), o total é de 11 herdeiros, tanto dentro quanto fora de casamentos.

Acredita-se que ele tenha casado apenas duas vezes, mas que teve relacionamentos fora dessas uniões. Suas esposas foram Mirta Diaz-Balart, com quem teve seu primeiro filho, Fidel Ángel Castro Diaz-Balart. Depois, casou-se com Dalia Soto del Valle, em 1980. Com ela, teve mais cinco herdeiros, Alexis, Alexander, Antonio, Alejandro e Ángel. Os outros foram fruto de relacionamentos não duradouros.

O primogênito de Fidel Castro nasceu em 1949, em Havana, capital de Cuba. Fidel Castro com Mirta Diaz-Balart era conhecido popularmente como Fidelito, por ser o mais velho dos filhos do líder revolucionário e também devido à semelhança física entre os dois.

Fidelito foi fruto do primeiro casamento do governante cubano, com Mirta Diaz-Balart. Eles não permaneceram casados muito tempo durante a vida do filho, se divorciando em 1954. Depois disso, o garoto passou a morar com sua mãe, com quem ficou até seus 10 anos.

Formou-se em Física Nuclear pelo Instituto Superior de Ciência e Tecnologias Nucleares da ex-União Soviética, sendo o primeiro cubano a obter o título de engenheiro nuclear. Assim, passou a atuar fortemente na academia, escrevendo diversos artigos principalmente sobre energia nuclear.

Fidelito em 2015 / Crédito: Wikimedia Commons

Devido a esse currículo, passou a ser encarregado da política nuclear da ilha caribenha. Entre os anos de 1980 e 1992, foi Secretário Executivo da Comissão de Energia Atômica de Cuba, cargo em que atuou na construção da usina nuclear de Jaragua, em Cienfuegos, que não chegou a ser concluída devido ao declínio da União Soviética, que apoiava o projeto. A instalação seria a primeira desse tipo no país.

No governo de seu pai, também foi enviado diversas vezes como representante de delegações científicas e educacionais para congressos internacionais em vários países, como Cazaquistão e Rússia, por exemplo.

No entanto, depois de ser destituído de seu cargo, permaneceu em uma situação de quase anonimato, até 1999. Naquele ano, foi nomeado assessor do Ministério da Indústria Básica de Cuba. Ainda assim, foram poucas as aparições do primogênito de Fidel Castro.

Em 25 de novembro de 2016, morria o líder cubano em Havana. Apenas 15 meses depois, Fidelito cometeu suicídio, no dia 1º de fevereiro de 2018.

Fidelito em 2014 / Crédito: Wikimedia Commons

O jornal oficial do Partido Comunista Cubano, Granma, comunicou a morte de Fidel ao dizer que "o doutor em Ciências Fidel Castro Díaz-Balart, que vinha sendo atendido por um grupo de médicos há vários meses por um estado depressivo profundo, [e] atentou contra sua vida na manhã de hoje, primeiro de fevereiro".

"Como parte de seu tratamento, ele inicialmente exigiu um regime de hospitalização e depois continuou com o acompanhamento ambulatorial durante sua reincorporação social, durante sua atividade profissional, inteiramente dedicada à ciência, obteve relevantes reconhecimentos nacionais e internacionais", lia-se ainda no comunicado.

A notícia foi uma triste surpresa para o povo cubano, que havia lidado com a morte do líder revolucionário não muito tempo antes. O suicídio devido à depressão também levantou e — ainda levanta — um alerta sobre a importância da questão da saúde mental.


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