Acontecimentos incomuns como objetos se mexendo sozinhos e pedras caindo, aterrorizaram os moradores da pequena cidade
Localizada na zona rural da região norte do estado do Rio Grande do Sul, a cidade de Caiçara tem um pouco mais de cinco mil habitantes, e traz em sua história moradores simples que residem nas típicas casas feitas de madeira com telhas de zinco ou de fibrocimento.
Em 2014, a pacata Caiçara teve uma reviravolta em sua rotina, quando chamou a atenção de todo o Brasil. A família de Seu Augusto e Dona Neusa, composta por seus filhos, um menino de oito anos e duas meninas, uma de onze e outra de quinze, começou a sofrer com fenômenos sobrenaturais.
Os primeiros sinais sobre-humanos foram as pancadas nas paredes, quando a família começou a desconfiar que alguma coisa estava acontecendo. Esses socos surgiam nos fundos da casa, onde ficavam os quartos, e paravam imediatamente quando alguém da residência tentava pegar quem estivesse fazendo esses barulhos. Achando que estava somente sendo perturbado por um estrranho, Augusto, fez uma ligação para a Brigada Policial para reclamar sobre o ocorrido.
O soldado que atendeu a chamada foi Marcos Cleber Paloschi, que foi imediatamente para o local. Quando o oficial chegou na casa outra atividade que não havia sido registrada na queixa estava acontecendo, e o policial viu tudo acontecer diante dele. Diversas pedras estavam caindo do céu, como em uma chuva.
Haviam pedaços de cascalho e pedras por todos os lados, dentro e fora da residência, a família estava escondida debaixo de uma mesa, mas isso não foi o suficiente para evitar que se machucassem. E em poucos minutos, o chão estava repleto de pedras de todos os tamanhos.
Os moradores abrigaram a família em um colégio próximo, mas os fenômenos sem explicação continuaram a acontecer. "Todo mundo está com receio. Deu para ver vários fenômenos, como pedras aparecendo sem ninguém jogar e objetos dentro de casa se movendo sem ninguém tocar", relatou o agricultor Valdir Antônio Marquioro, morador da cidade de Caiçara, ao G1.
O caso imediatamente mobilizou uma equipe de assistentes sociais para o município, na tentativa de ajudar os moradores "Nós até teríamos uma explicação técnica e científica. Não vamos falar a respeito de fatos, de pedras voando. O que pode estar acontecendo é no âmbito psíquico. A partir daí, estamos voltando o tratamento para essa família", explicou a psicóloga Ariane dos Santos também ao G1.
A casa mal assombrada ganhou atenção na mídia por todo o Brasil, e vários grupos religiosos entraram em contato com os moradores da casa, a fim de livrarem a família de qualquer espírito que estivesse na moradia. Na época, Zílio Roggia, o prefeito da cidade chegou a oferecer a sua ajuda através do acompanhamento de uma assistente social e uma psicóloga.
Quando a filha mais velha do casal, na época com quinze anos, começou a demonstrar alguns sinais de possessão, o médium exorcista, Nelson Júnior Paz, foi até a família para colocar um fim nesse tormento. O ritual de exorcismo durou cerca de quatro horas ininterruptas, que foram registradas em vídeo.
A presença de Nelson ajudou essas pessoas a entenderem a possível origem das perturbações e o comportamento da menina estava cada vez melhor. Muito embora já estivesse tudo bem, os gaúchos demoliram a casa e foram para outro lugar em busca de paz. Em entrevista ao portal G1, a mãe contou: “Está tudo bem agora. Não tem mais nada de estranho. Queremos esquecer. Muitas pessoas nos ajudaram”.
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