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Matérias / Bizarro

Miranda Eve: conheça a menina enterrada no século 19 e encontrada em 2016

Um caixão com o corpo de uma criança foi encontrado sem querer durante a reforma de uma casa nos EUA, porém, somente um ano depois sua identidade veio à tona

Penélope Coelho Publicado em 23/09/2020, às 17h29

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O antigo caixão da menina - Divulgação/Garden of Innocence
O antigo caixão da menina - Divulgação/Garden of Innocence

No ano de 2016 uma descoberta assustadora chocou os habitantes de São Francisco nos Estados Unidos, em especial os moradores de uma casa que havia sido construída em 1936. Durante uma reforma despretensiosa na residência, operários que trabalhavam no local se depararam com algo mórbido e inesperado: um caixão com o corpo de uma criança em perfeito estado.

A partir do vidro do pequeno caixão feito de metal, chumbo e bronze era possível observar uma menina loira usando um vestido branco feito à mão e todo decorado com laços delicados.

Quando foram chamados em decorrência da descoberta, os moradores ficaram espantados, no entanto, logo perceberam que apesar de chocante, isso não era uma verdadeira surpresa, se a história daquela região for levada em consideração.

O distrito de Richmond, em São Francisco é conhecido por ter sido o abrigo de vários cemitérios no final do século 19. Em decorrência do crescimento da cidade, construções de casas foram priorizadas e, por isso, os corpos foram levados para a cidade vizinha, Colma.

De acordo com a reportagem publicada pela BBC, o antigo cemitério Odd Fellow's estava localizado no que viria a ser a residência de Ericka Karner — onde o caixão com a criança foi encontrado. Mas, afinal de contas, quem era aquela garotinha e por qual motivo ela foi deixada para trás?

Segundo enterro

Após análises, descobriu-se inicialmente que a menina tinha cerca de três anos quando morreu, e que havia falecido há aproximadamente 145 anos. Apelidada de Miranda Eve, especialistas apontaram que a criança parece ter sido enterrada com cuidados especiais, no final do século 19.

Na ocasião, Ericka foi informada pelas autoridades locais que o corpo de Miranda seria sua responsabilidade, já que estava em sua propriedade: "Como o problema é meu se eles mudaram o cemitério de lugar e esqueceram um corpo? A responsabilidade é deles", comentou a proprietária na época.

Sem saída, Karner entrou em contato com a fundadora da ONG Garden of Innocence, Elissa Davey. Sua instituição é conhecida por enterrar crianças indigentes e abandonadas.

A decisão foi a de enterrar novamente o corpo de Eve, para que ela pudesse estar em um local digno. "Fizemos todo o possível para dar a ela um enterro respeitoso. Ela foi tratada da mesma forma que tratamos as crianças que enterramos", afirmou Elissa, em entrevista à BBC.

Respostas

Reconstrução do rosto da criança / Crédito: Divulgação / Garden of Innocence

Contudo, a história de Miranda não terminaria com seu segundo sepultamento, especialistas norte-americanos estavam curiosos sobre quem teria sido a criança e por qual motivo teria morrido. Conforme relatado em reportagem publicada pelo G1, em maio de 2017, após um ano de análises de DNA pesquisadores chegaram a uma conclusão.

“Após mais de mil horas de investigação de 34 voluntários estudando 29.982 registros de enterros, comparando mapas de 1870 com 2017, analisando registros de um cemitério que não existe, rastreando árvores genealógicas e análises de DNA, descobrimos quem foi Miranda Eve", informou a organização Garden of Innocence, através de seu site, na ocasião.

Miranda Eve foi, na verdade, Edith Howard Cook, nascida em 28 de novembro de 1873. Ela morreu em 13 de outubro de 1876. Por meio de pesquisas foi possível identificar que a causa da morte da criança foi marasmo, uma forma crônica de desnutrição. Mas, ainda não se sabe por que o corpo de Edith foi deixado para trás.

Os pesquisadores ainda foram além através de análises comparativas de DNA descobriram um parente vivo da criança morta, trata-se de Peter Cook, sobrinho-neto de Edith, que reside na região da Califórnia, Estados Unidos.

Após as revelações, a ONG espera que a menina finalmente possa descansar em paz, em sua lápide uma frase marcante foi colocada para que ninguém se esqueça de sua história: "Se não houve luto, ninguém se lembrará".


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