Com exclusividade à AH, Fabiano de Abreu e Ueldison de Azevedo explicaram como o Führer comprou a Alemanha da época
Em 1889, mesmo ano da Proclamação da República do Brasil e da inauguração da Torre Eiffel, nasceu o austríaco Adolf Hitler. Filho de Alois Hitler e Klara Pölzl, ele cresceu para ser conhecido como um dos homens mais cruéis de todos os tempos.
Dono de uma ideologia nacionalista e bastante radical, o garoto chegou a servir na Primeira Guerra Mundial. Poucos anos depois, guiou o Partido Nazista para uma vitória inédita nas urnas alemãs, ao conquistar o povo com discursos e promessas.
Mas, afinal, o que fez com que Hitler conquistasse tantos seguidores, transformando a Alemanha em um palco para os seus planos de estado? Segundo Fabiano de Abreu Rodrigues e Ueldison Alvesde Azevedo, a neurociência explica o sucesso do Führer.
Um garoto superdotado
“Hitler é um personagem sobejamente conhecido pelos piores motivos, mas é inegável que era dono de uma inteligência que lhe deu um império, e de um transtorno que lhe tirou”, narram Fabiano e Ueldison, autores do artigo “Hitler: Como um alto QI domina e convence e como um transtorno derruba”.
Para os especialistas, a inteligência do ditador teve início já em sua adolescência. Ainda que tivesse abandonado a escola aos 15 anos, ele “nunca deixou de procurar o conhecimento”, sendo amante da arte e dono de “uma completa obsessão pela leitura”.
Nesse sentido, Hitler “possuía uma enorme coleção privada com cerca de 16 mil títulos”, aos quais “lia de forma indiscriminada”. Tamanha era sua inteligência que, segundo os autores do artigo, o jovem “estava incluído no grupo de pessoas com superdotação”.
Uma inteligência de ponta
Hoje, sabe-se que “o Partido Nazista era composto por pessoas de alto QI” e que o grupo se organizava hierarquicamente a partir da inteligência de seus membros. Sendo assim, é possível imaginar que Hitler tinha alguns dos maiores QIs daquela sociedade.
Não se sabe, no entanto, qual era o real valor dos testes feitos pelo Chanceler, já que o número nunca foi revelado. Mas, segundo pesquisas neurocientíficas, o QI do Führer estaria próximo dos 141, “abaixo de, pelo menos, dois elementos do mesmo partido”.
Sendo assim, para Fabiano, que é neurocientista e psicólogo, e Ueldison, professor de história e pós-graduando em antropologia, a justificativa para a falta de dados sobre o QI do tirano é simples. “Podemos supor que a personalidade narcísica de Hitler não o deixava admitir o seu resultado publicamente uma vez que não era o melhor”, narram.
Múltiplas facetas
O problema é que, apesar de superdotado, Hitler não possuía o que Fabiano chamou de inteligência DWRI, ou “inteligência plena”. Sem tal habilidade, o sanguinário não teve a “capacidade intelectual para uma leitura do plano de fundo”.
Dessa forma, como explicou o artigo, ele não acompanhou o desenvolvimento da realidade a sua volta e, “a certa altura, perdeu o domínio, de si mesmo e do seu país”. Por fim, mesmo “dotado de visão estratégica”, seu narcisismo colocou tudo em cheque.
De acordo com os autores do estudo, Hitler ainda “sofria de Transtorno de Personalidade, acreditava que foi enviado por Deus para guiar o povo alemão no caminho certo”. Por isso, inclusive, ele sabia muito bem “onde e como agir”.
As estratégias de um governo
Segundo Fabiano e Ueldison, “o Führer sabia trabalhar com os estímulos das pessoas através de gestos teatrais em conjunto com a comunicação”. Foi assim que ele descobriu a melhor forma de convencer o povo de sua ideologia: “através das propagandas, colocou a ideologia do Partido Nacional Socialista no íntimo das pessoas”.
A falta de inteligência plena, no entanto, fez com que Hitler cometesse erros. “Era inegável de que a sua alta inteligência o fez progredir, mas o seu transtorno de personalidade narcisista ditou o seu fim”, narraram os autores do artigo.
Em suma, de acordo com Fabiano e Ueldison, cuja tese foi aprovada pelo Brazilian Journal Of Development, a capacidade de percepção distorcida de Hitler fez com que ele não compreendesse o que estava acontecendo “no momento do seu próprio declínio”.
Apesar do “pensamento criativo e futurista”, portanto, Hitler não conseguiu enxergar que foi o veneno do próprio governo. Por causa do narcisismo que carregava, o ditador “preferiu acreditar que a sociedade não estava preparada para alguém como ele”.
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