Segundo passagem do Talmude, o rei da Judeia amava tanto uma de suas esposas, Mariana, que a manteve conservada em mel por sete anos.
Herodes, também conhecido por seu epíteto, o Grande, foi um rei da Judeia, subordinado ao Império Romano.
Apesar de ter ganho essa alcunha por seus grandes projetos arquitetônicos como a construção do Segundo Templo (ou Templo de Herodes), tanto a historiografia judaica quanto a cristã colocam-no como um rei louco e sanguinário.
Essa classificação tem uma explicação: é mais conhecido pela infame menção bíblica no Evangelho de São Mateus: o Massacre dos Inocentes. Nele, ao ouvir falar que o Messias estava chegando, ele teria ordenado que todos os bebês do sexo masculino com dois anos ou menos fossem mortos, com medo de perder o poder.
Isso incluía três de seus filhos, o que levou o Imperador romano, Otávio Augusto, a dizer: "é melhor ser o porco que pertence a Herodes do que ser seu filho", em alusão ao fato de que os judeus não matavam os porcos.
Muitos historiadores levantam dúvidas acerca da veracidade do episódio, principalmente pelo fato dele não ter sido mencionado em nenhum outro registro sobrevivente daquela época.
De qualquer forma, no Talmude, ele também é mencionado de maneira infame, talvez ainda mais do que na Bíblia: segundo os sagrados escritos judaicos, ele derrotou os Asmoneus — a casa que dominava a região antes dos Romanos — só deixando sobrar uma mulher chamada Mariana.
Para ter legitimidade ao trono, queria se casar com a moça mas também era apaixonado por ela. Porém, a sobrevivente se suicidou pela desonra de ter sido a única deixada viva entre seu clã.
Herodes realmente a amava em seu próprio jeito deturpado e pervertido, então ele conservou o corpo da moça em mel por sete anos e, inclusive, manteve relações sexuais com ela de maneira bestial.
Apesar de sua aparente loucura, ele soube manipular o jogo político e reduzir as ameaças contra seu poder. Matou todos os asmoneus, então pretendentes ao trono por serem os antigos controladores do território, e uniu-se a Marco Antônio quando este entrou em disputa com Otávio Augusto pelo trono romano.
Augusto foi o vencedor e Herodes precisou mostrar que seria leal a ele, também. Abriu seu território para que os romanos passassem, e sua localização era estratégica pela proximidade às riquezas do Egito e da Síria, por exemplo.
A tática deu certo e ele conseguiu se manter no poder até sua morte, não se sabe exatamente a data, por uma doença tão dolorida quanto repugnante e desconhecida para seus contemporâneos, que chamaram-na apenas Mal de Herodes.
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