De sua sexualidade até a morte misteriosa: A vida e legado do notório rei da Macedônia
Alexandre, o grande é um dos mais famosos líderes da Grécia, sendo considerado por muitos como o maior líder militar da Antiguidade. Sua vida já foi retratada por diversas obras cinematográficas de Hollywood, a mais famosa delas é Alexandre, lançada em 2005.
Alvo de fascínio de historiadores e amantes de história, o legado de Alexandre tem influência em diferentes culturas do mundo: da Pérsia até a da Europa medieval até a Grécia Moderna, segundo o autor Joseph Roisman.
Confira abaixo dez fatos curiosos sobre Alexandre, o Grande
1. Educação completa
"Alexandre teve lições de matemática, retórica e filosofia com Aristóteles", diz Victor Davis Hanson, da Universidade de Chicago. O líder militar recebeu ensinamentos de um dos mais renomados e respeitados filósofos da Antiguidade. O pai de Alexandre, Filipe II, contratou Aristóteles para ensinar seu filho em troca da reconstrução de sua casa, que havia sido destruída por ele.
2. Luta pelo poder
O monarca precisou lutar para assumir o trono da Macedônia. Após o assassinato de seu pai, Filipe II, Alexandre, na época, com 20 anos, enfrentou conflitos sangrentos para se tornar rei. Entre as pessoas que tentaram tomar o trono e morreram sem sucesso estão outros filhos das esposas de Filipe, dois príncipes da Macedônia.
3. Poder militar
Alexandre herdou de seu pai o melhor exército da época. O líder nunca perdeu uma batalha, mesmo tendo lutado muitas delas em menor número, isso se deve ao treinamento que suas tropas recebiam. A estratégia militar e a capacidade de assumir grandes riscos de Alexandre também foram fundamentais no campo de batalha.
4. Sexualidade
Apesar de ter sido casado três vezes, com Roxana, Estatira II e Parisátide, segundo o historiador Peter Green, Alexandre não tinha muito interesse por mulheres. Ele só teve um herdeiro quando estava mais velho — e possivelmente por razões políticas. A sexualidade de Alexandre ainda é muito debatida. Acredita-se que ele era bissexual, algo comum para seu tempo.
5. Seu amante
O amante do monarca teria sido Heféstio, seu braço direito e ocupante de um importante posto no Exército. Quando ele morreu de febre, na volta de uma campanha na Índia, Alexandre caiu em desespero: ficou sem comer e beber por vários dias. Mandou proporcionar a seu amado um funeral majestoso.
Os preparativos foram tantos que a cerimônia só pôde ser realizada seis meses depois da morte. Alexandre fez questão de dirigir a carruagem fúnebre, decretando luto oficial em seu reino. A morte de Heféstio pode ter sido uma das razões para o declínio da saúde do líder macedônio.
6. Salvo por um triz
Alexandre enfrentou a morte algumas vezes, por assumir riscos e sempre estar a frente de seu exército, o militar precisou ter a vida salva no campo de batalha. No rio Granicus, ele sobreviveu graças a seu amigo Cleito, o Negro, que conseguiu cortar o braço de um oponente antes que este efetuasse um golpe fatal em Alexandre.
7. Fim trágico do amigo de peito
Cleito, o Negro era amigo pessoal de Alexandre e general, lutavam lado a lado em conflitos brutais. No entanto, Cleito encontrou a morte de uma forma trágica e inesperada. Em uma noite de festa e bebidas, Alexandre, embriagado, entrou em discussão com Cleito. A noite terminou com o monarca jogando uma lança no peito do amigo, que morreu na hora.
8. Morte misteriosa
A morte de Alexandre também é incerta. A história mais aceita conta que, o líder militar caiu doente após um banquete. Com febre e severas dores abdominais, ele foi perdendo as forças gradativamente até ficar completamente paralisado na cama, morrendo cerca de dez dias depois.
Causas naturais, como a malária e salmonela, alcoolismo, teorias de assassinato e até mesmo o impacto da morte de Heféstio foram estudadas pelos historiadores, mas a falta de fontes e documentos confiáveis atrapalham a resolução deste mistério.
9. Legado pós-morte
Após a morte de Alexandre, seu império prontamente se polarizou. Sem a nomeação de um herdeiro oficial, uma guerra civil foi instalada — e durou 40 anos. Foram vários nomes que subiram ao trono e rapidamente foram depostos, afinal exercer a posição de Alexandre não era fácil. Depois de quatro décadas, o império foi dividido em três partes: ptolomeus no Egito, os selêucidas na Ásia e os antígonos na Macedônia.