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Matérias / Personagem

A misteriosa causa da morte do rei Alexandre, o Grande

Desde o seu falecimento em 323 a.C., ainda não existem respostas concretas sobre o suposto assassinato do mais importante líder militar da Antiguidade

Daniela Bazi Publicado em 06/02/2020, às 07h30 - Atualizado às 08h00

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Mosaico de Alexandre, o Grande com seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso - Wikimedia Commons
Mosaico de Alexandre, o Grande com seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso - Wikimedia Commons

Alexandre III da Macedônia, ou simplesmente Alexandre, o Grande, é um dos mais importantes líderes militares da antiguidade. Rei da Macedônia, faraó do Egito e rei da Pérsia entre os anos de 330 a.C. e 323 a.C., o grande combatente também foi um dos maiores conquistadores de terras e batalhas, e fundador de aproximadamente 20 cidades.

O rei morreu entre 10 e 11 de junho de 323 a.C., entretanto, a morte continua sendo um mistério até os dias atuais, com inúmeros historiadores contando diversas versões diferentes.

Plutarco diz que, catorze dias antes de sua morte, Alexandre teria dado uma festa para o almirante Nearco, e passou dois dias apenas bebendo, até que teve uma forte febre, que piorou ao ponto de deixa-lo incapacitado de falar. Já Diodorno, afirma que o rei começou a ter fortes dores após beber bastante vinho em uma festa dedicada a Héracles. Plutarco contrariou essa versão, e disse não ser verdadeira.

Pintura do século 19 que representa o enterro de Alexandre, o Grande / Créditos: Wikimedia Commons

Ambos historiadores, assim como Arriano e Justino, acreditam na possibilidade de envenenamento. O último, inclusive, diz que existia uma grande conspiração para que envenenassem Alexandre. O suposto líder do complô seria Antípatro, após ter sido dispensado da posição de vice-rei da Macedônia, e ter tido um desentendimento com a mãe do imperador, Olímpia.

Após ter sido convocado para ir até a Babilônia, o homem teria achado que iria ser sentenciado à morte, e decidiu agir antes que algo acontecesse. Ele, então, teria planejado o crime com Iolas, seu filho que trabalhava para Alexandre servindo os vinhos. Entre essa teoria, muitos acreditam que o filósofo Aristóteles também teria participado do plano.

Alexandre, o Grande com seu tutor Aristóteles / Crédito: Wikimedia Commons

Contudo, nem todos concordam com a hipótese de envenenamento. Segundo os historiadores contrários à essa teoria, não seria possível Alexandre ter sido envenenado por causa do tempo de 12 dias entre o início de sua doença até a sua morte já que, na época, ainda não existiam venenos que demorassem um longo período para matar.

Porém, no ano de 2014, uma pesquisa publicada no jornal médico Clinical Toxicology em que mostra um estudo feito pelo Dr. Leo Schep, da The New Zealand National Poisons Centre, mostra que o rei poderia ter sido morto por flores brancas de heléboro, que estaria presente em seu vinho e demoraria para fazer efeito no corpo humano.

Em 2010, um outro estudo foi divulgado alegando que Alexandre teria sido envenenado através da água do rio Estige, que contém um perigoso composto produzido por bactérias, chamado caliqueamicina.

Muitas pessoas acreditam também que a possível causa de sua morte foi de doenças naturais, como malária e febre tifoide. O New England Journal of Medicine publicou um artigo, no ano de 1998, em que afirmava que seu falecimento foi ocasionado pela complicação da febre tifoide, que o causou uma perfuração gastrointestinal e uma possível paralisia.

Sarcófago de Alexandre / Crédito: Wikimedia Commons

Outras análises apontam que Alexandre poderia ter morrido de espondilite piogênica, meningite, pancreatite aguda ou da febre ocidental do Nilo. Segundo os cientistas, o monarca estaria com sua saúde muito debilitada devido a suas inúmeras feridas em seu corpo causadas por batalhas, além de seus vários anos de bebedeiras.

O rei foi enterrado em um sarcófago antropoide de ouro cheio de mel, e colocado também em um caixão feito de ouro. O local de descanso de Alexandre, o Grande foi encontrado no Líbano, e está exposto no  Museus Arqueológicos de Istambul.


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