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Matérias / Era Vitoriana

Fotos de crianças mortas e vestidos gigantes: 10 fatos curiosos sobre a Era Vitoriana

Descubra características peculiares sobre a época da Rainha Vitória

Joseane Pereira Publicado em 07/02/2020, às 08h00

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Retrato da rainha Vitória, em 1887 - Getty Images
Retrato da rainha Vitória, em 1887 - Getty Images

Embora pareçam muito estranhos hoje em dia, esses costumes eram considerados comuns na época do reino de Vitória (1837-1901). Confira abaixo 10 fatos sobre essa época que são difíceis de acreditar.

1. Os esgotos e animais mortos do Rio Tâmisa

Crédito: Getty Images

Na década de 1860, toneladas de matéria fecal eram despejadas diariamente no rio Tâmisa. Além de não haver repositório de esgoto, o rio era a principal fonte de água potável da cidade – o que levou as pessoas a morrerem de cólera, febre tifoide e desinteria.


2. Ruas sujas e nojentas

Um relato de 1891 de Lady Harberton dizia que seu vestido longo estava com “duas pontas de cigarro, nove cigarros, uma torta de porco, quatro palitos de dente, dois grampos de cabelo, uma fatia de carne de gato, metade de uma bota, meia sola de uma bota, um pedaço de tabaco, palha, lama, pedaços de papel e diversos cocôs”, coletados durante uma caminhada pelas ruas de Londres.


3. Alimentos contaminados

Algo disseminado entre os comércios da época eram alimentos com contaminação. Carne podre era vendida como fresca, e giz era adicionado ao pão para ele parecer mais branco. Além disso, o leite não pasteurizado podia espalhar tuberculose, e costumava-se adicionar arsênico aos alimentos em conserva – um potente veneno.


4. Vestidos tão largos que mulheres ficavam presas nas portas

Crédito: Wikimedia Commons

Entre os anos de 1850 e 1870, no que ficou conhecido como Período da Crinolina, as saias femininas eram colocadas sobre um enorme suporte de madeira. Além de dificultar muito o deslocamento das mulheres, deixando-as presas entre um cômodo e outro, as saias gigantes frequentemente se incendiavam ao tocar velas.


5. Creme dental feito de carvão e mel

Atualmente, o carvão é reconhecido como purificador de dentes. Mas uma mistura compartilhada por revistas da época, que dizia que "carvão e mel, formados em pasta, formam uma excelente preparação para a limpeza dos dentes", parecia não ser muito confiável.


6. Mortalidade Infantil

Crianças de rua em Londres / Crédito: Getty Images

Nas favelas que circundavam cidades como Londres e Manchester, a mortalidade infantil chegava a 50% antes dos 5 anos de idade. Em uma, localizada próximo a Manchester e apelidade de Inferno na Terra, mais de 30 mil pessoas se amontoavam em um território de 1,6 km. Crianças eram abandonadas junto a animais, para sobreviverem sozinhas.


7. Retratos de filhos mortos

Crédito: Imgur

Famílias ricas cujos filhos morriam tinham o costume de pagar fotógrafos para registrar a última imagem de seu ente querido. Já os mais pobres dependiam de desenhistas para conservar alguma lembrança dos mortos.


8. Carne no rosto como produto de beleza

Entre os conselhos de beleza dados em revistas e livros, como o registrado em “Unmentionable: The Victorian Lady's Guide to Sex, Marriage, and Manners” (Não mencionável: o guia da senhora vitoriana para sexo, casamento e maneiras, em tradução livre), escrito por Therese Oneill, estava o seguinte: "atar a cabeça, todas as noites, com fatias finas de carne crua, que dizem manter a pele sem rugas e dar um frescor jovem à tez".


9. Meninos usando vestidos

Crédito: Domínio Público

As famílias mais ricas colocavam vestidos em seus filhos, para irem à escola. Brancos e com babados, eles eram usados por meninos e meninas – assim como fitas nos cabelos.


10. A Rainha Vitória comia com muita rapidez

Como teve educação rigorosa, Vitória não podia comer muito quando criança. Mas ela compensou o tempo perdido após se tornar rainha: na década de 1880, ela tinha um IMC de 32, o que a tornaria obesa para os padrões atuais. Isso era um problema para seus convidados:  como ela comia rápido demais, todos os convivas deviam parar a refeição ao mesmo tempo – mesmo que não tivessem consumido quase nada.


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