O Tratado de Amizade, Cooperação e Assistência Mútua surgiu em maio de 1955 e foi uma importante maneira da URSS encarar os EUA com confiança
Nos anos 1950, o mundo estava em fervorosa tensão. Após a Segunda Guerra, a divisão da Europa entre socialistas e capitalistas, quebrou uma importante nação — a Alemanha — e sua capital, Berlim.
A guerra estourava nas Coreias e as independências de países africanos davam os primeiros passos, indicando o surgimento de um novo mundo, marcado pela disputa bipolar e pela propaganda da guerra.
Ao mesmo tempo, um dos países mais poderosos do mundo, a União Soviética, marcado pelo governo autoritário, tinha um compromisso com a administração centralizada do bloco comunista. Nesse espaço, nasciam as importantes alianças militares da Guerra Fria.
Inicialmente, houve o surgimento de um bloco militar associado à soberania estadunidense, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que fortalecia o bloco capitalista. O mesmo bloco abertamente se associou com a Alemanha Ocidental, oficialmente território neutro, e rearmou seu exército.
Como reação, declaradamente, a URSS convocou reuniões com as unidades militares do Leste Europeu para criar um bloco associativo de assistência militar e proteção da Cortina de Ferro.
Assim nasceu o Tratado de Amizade, Cooperação e Assistência Mútua do Leste Europeu, conhecido mundialmente como Pacto de Varsóvia.
É importante lembrar que um dos principais objetivos da URSS com a criação desse bloco era o surgimento de uma base jurídica legítima que justificasse a presença de militares russos em operação interna nos diversos territórios dos países satélites, realidade desde o fim da guerra, quando o Exército Vermelho marchou por toda a região na destruição do Reich nazista.
Essa seria uma necessidade soviética, segundo veículos oficiais da época, como forma de proteção e cautela contra o rearmamento alemão e a possibilidade de invasão do Leste pelo Oeste. Seis anos depois, a URSS financiou a construção do Muro de Berlim, que potencializava o bloqueio a Berlim feito pelo império.
Com exceção da Iugoslávia, que tinha um histórico de rixa com o socialismo soviético, o Pacto de Varsóvia incluiu todo o oriente europeu socialista. Foi uma das formas que a URSS encontrou, no momento da “desestalinização”, de manter sua hegemonia na Europa e ter bases para enfrentar os EUA no jogo da propaganda de guerra.
Por esse motivo, em 14 de maio de 1955, Nikita Khrushchev assinou o acordo militar na cidade de Varsóvia, capital polonesa, e deu inicio a uma nova fase da Guerra Fria. Integravam o Pacto de Varsóvia, além da URSS, Albânia, Bulgaria, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Alemanha Oriental e Romênia.
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