Derrotado na Rússia, o imperador francês foi pressionado a assinar o Tratado de Fontainebleau, em que abdicava e aceitava o exílio na Itália
Napoleão Bonaparte foi responsável por uma das mais eficientes e expansivas diligências militares em toda a Europa, levando à formação de um massivo Império Francês que foi da Espanha ao Egito, com grandes vitórias e rápida dominação. Porém, as campanhas napoleônicas não foram o suficiente para os artífices de defesa dos países do leste europeu. Após sucessivas vitórias, o imperador sofreu uma das maiores represálias de sua vida.
Enquanto suas árduas tropas avançavam em território da Rússia, Bonaparte empreendia uma tradicional estratégia de seu povo, que consistiu em avançar na mesma direção, destruindo os estabelecimentos deixados para que o inimigo não conseguisse refúgio. Abrindo mão de um território vasto, que poderia ser recuperado depois, os russos levaram as tropas francesas à exaustão, até que se tronou possível um revés que expulsasse os estrangeiros do local.
Essa foi a maior derrota de Napoleão, principal inimigo do absolutismo europeu. Isso enfraqueceu o império, que já havia sofrido derrotas em Leipzig em 1813, levando a França a constantes recuos, a novas batalhas perdidas contra a Coligação Europeia e, com isso, ao fim da guerra, sem sucesso.
Com a dominação dos impulsos imperiais de Napoleão, o país fora invadido pela Sexta Coligação, levando os britânicos e germânicos a realizaram uma reunião formal em 11 de abril de 1814, na França, em que, junto ao imperador, assinaram o Tratado de Fontainebleau, declarando a renúncia de Bonaparte ao trono francês.
O objetivo de Napoleão era a abdicação em favor de seu filho, mas as potências absolutistas impediram o plano. Assim, o trono ficou vago. Com a derrubada do imperador, foi decretado o seu exílio na Ilha de Elba, na Costa Italiana. O local foi escolhido após debates se ele seria levado ao local na Toscana ou na Ilha de Corfú, na Grécia, mas havia certo clima amistoso entre os reis, que permitiram que o francês fosse levado à Itália.
Durante as negociações do Tratado, foi declarado que Napoleão teria o direito a uma pensão de dois mil francos e uma escolta de segurança de 400 militares. Também, foi mantido seu título de imperador, mesmo que não tivesse mais poderes. Com forte apoio dos franceses, que o tinham como principal líder nacional após a Revolução, mexer com Napoleão era um tema delicado.
Napoleão foi enviado a Elba na fragata britânica Undaunted, chegando ao local pela cidade portuária de Portofferaio em 3 de abril. Porém, o imperador tinha fortes receios em descer na ilha, sentindo que seria odiado pela população por algum ressentimento ou impopularidade.
Bonaparte aportou na Ilha onde passaria seu primeiro exílio apenas em 4 de maio, com grande discrição. Ele começou uma vida dura de carestia, pois a pensão que lhe fora prometida nunca foi paga.
Em constante medo de uma emboscada que o matasse, Napoleão se dedicou à própria segurança enquanto projetou um retorno à França, para reassumir o trono e retomar a guerra. Além disso, seus 10 meses de estadia na ilha provaram que a angustia inicial foi em vão: ele era muito respeitado pela população.
Quando surgiram especulações de que as potências europeias pretendiam mandar Napoleão preso para um ponto isolado do Oceano Atlântico, o militar decidiu que aquela era a hora de fugir. Em um audacioso plano, ele conseguiu sair de Elba e retornar à França, onde deu início a um reinado paralelo que ficou conhecido como Governo dos Cem Dias.
Com grande prestígio e apoio popular, marchou até Paris e tomou o poder do rei Luís XVIII, temporariamente. O imperador voltou a empreender campanhas contra os inimigos, sendo novamente derrotado em 1815, na Batalha de Waterloo (atual Bélgica).
Após a derrota, Napoleão foi finalmente enviado para o Atlântico, como se especulava, passando os últimos seis anos de vida em Santa Helena, na costa da África, atualmente protetorado colonial britânico. Ele morreu em 1821, aos 52 anos.
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