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Matérias / Personagem

Gregório Potemkin: o maior caso de amor de Catarina, a Grande

Apesar do relacionamento curto, eles permaneceram próximos pelo resto de suas vidas, permitindo que a influência política de Potemkin permanecesse inalterada, mesmo depois da czarina se envolver com outros homens

Fabio Previdelli Publicado em 19/10/2019, às 09h00

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Gregório Potemkin e Catarina, a Grande - Wikimedia Commons
Gregório Potemkin e Catarina, a Grande - Wikimedia Commons

Catarina, a Grande, levou a Rússia para o mundo moderno, expandiu suas fronteiras, defendeu as artes e reestruturou suas leis, revitalizando o país no processo e permitindo que ele se tornasse uma potência na política global. Seu reinado é frequentemente retratado como a Era de Ouro da Rússia.

Catarina, a Grande, quando tinha 50 anos / Crédito: Wikimedia Commons

Quase tão famosa quanto suas realizações, no entanto, é a lista de seus muitos amantes. Ela era conhecida por sua independência sexual, que originou várias fakes news — muitas vezes criados e difundidos por seus muitos rivais ciumentos e misóginos.

A campanha de difamação direcionada foi tão bem sucedida que até hoje Catarina, a Grande, está cercada de lendas urbanas sobre sua vida sexual, como por exemplo: sua morte. Embora ela tenha perecido de um derrame aos 67 anos, seus inimigos acreditavam na história de que a rainha teria morrido fazendo sexo com um cavalo. Muitos dizem que a treliça que segurava o animal teria quebrado, fazendo com que Catarina fosse esmagada.

Embora muitas das acusações não tenham fundamento, é verdade que ela cultivou diversos amantes durante seu período como imperatriz e usou o sexo como uma ferramenta para angariar e ampliar seu poder político.

Depois do golpe bem-sucedido contra seu marido, Pedro III em 1762, Catarina percebeu que se casar significaria renunciar ao poder. Em vez disso, ela se alinhou com generais e almirantes militares e confiou fortemente em seus nobres favoritos, que se tornaram seus amantes e homens dos quais ela podia confiar para ajudar a consolidar seu poder. Em troca, ela os encheu de presentes, títulos e riqueza.

A relação de Catarina, a Grande, com Gregório Potemkin

Talvez, o mais famoso de todos seus amantes tenha sido o tenente Gregório Potemkin, que chamou a atenção de Catarina quando ele ainda era membro do regime de elite da Guarda de Cavalos. Ele influenciou em muitas das decisões da czarina e era um dos únicos homens que ela realmente amou.

No livro ‘O Príncipe dos Príncipes: A vida de Potemkin', o escritor e historiador britânico Sebag Montefiore descreve como era a relação dos dois: “Catarina e Potemkin foram subitamente inseparáveis. Quando não estavam juntos, ou mesmo quando estavam em seus próprios apartamentos, a alguns metros de distância, escreviam um para o outro de maneira louca. Catarina o chamava de ‘Faisão Dourado’ ou ‘Alma Gêmea’, a qual ela se tornou tão devota. Assim como ele, que declarou: 'Eu te amo o tempo todo com toda a minha alma'”.

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Um retrato provavelmente posterior de Potemkin, 35 anos, no auge de seu caso amoroso com Catarina / Crédito: Wikimedia Commons

Apesar da grande cumplicidade de ambos e da grande confiança de Catarina, Potemkin dividia opiniões na corte imperial. Alguns se maravilhavam com sua lista impressionante de realizações e inteligência acadêmica, enquanto outros foram repelidos por sua maneira rude, natureza egoísta e reputação de deboche.

Catarina estava preparada para compartilhar seu poder com Potemkin e, por mais que alguns historiadores não possam confirmar com exatidão, muitos acreditam amplamente que eles se casaram. Embora fosse impossível definir sua posição oficial, o implacável e ambicioso Potemkin tornou-se "czar em tudo, menos no nome".

Porém, nem tudo foi fácil para o casal apaixonado, crises de ciúmes fizeram com que o relacionamento não fosse sustentável e, no final, a relação durou apenas dois anos.

No entanto, eles permaneceram próximos pelo resto de suas vidas, permitindo que a influência política de Potemkin permanecesse inalterada, mesmo depois da czarina se envolver com outros homens.

Ela o encheu de títulos e honrarias, dentre os quais, o de príncipe do Sacro Império Romano e príncipe do Império Russo. Quando ele morreu de febre, em 1791, com apenas 52 anos, suas últimas palavras para a amada foram: “Perdoa-me, misericordiosa mão soberana”.

A imperatriz ficou conturbada com tudo, e chegou a escrever para um amigo: ”Um terrível golpe mortal acabou de cair na minha cabeça... meu aluno, meu amigo, quase meu ídolo, o príncipe Potemkin de Taurida, morreu... você não pode imaginar como estou destruída”.


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