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Matérias / Egito Antigo

A família que descobriu ter relíquias egípcias de R$ 1,4 milhão no jardim de casa

Acreditando ser simples réplicas, a família se surpreendeu ao descobrir a real origem dos itens de decoração

Wallacy Ferrari Publicado em 18/10/2022, às 16h35

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Fotografia das esfinges em exposição - Divulgação / Mander Auctioneers
Fotografia das esfinges em exposição - Divulgação / Mander Auctioneers

Após acumular, ao longo de anos, diversas quinquilharias em casa, uma família residente do condado de Suffolk, na Inglaterra, decidiu se livrar de parte dos itens e entrou em contato com uma casa de leilões local para analisar se algum objeto da residência era interessante para eles.

Analisando cuidadosamente os pertences na residência, duas estatuetas que decoravam o quintal do local chamaram atenção dos representantes da empresa, que indagaram do que se tratavam. Os residentes passaram a informação de que as peças de jardim eram simples réplicas de esfinges.

Compradas 15 anos antes pelos moradores, eles tinham apenas a informação de tratar-se de um item confeccionado século 19 esculpido em pedra. A esse ponto, os envolvidos pensavam que estavam de frente a réplicas, mas, apesar disso, a forma como estavam dispostas interessou a casa de leilões, que recolheu o item e o disponibilizou para venda.

Fotografia das esfinges encontradas em jardim / Crédito: Divulgação / Mander Auctioneers

Dessa maneira, a Mander Auctioneers, empresa responsável pela coleta, fixou o preço do lote em 300 a 500 libras esterlinas (entre R$ 2,255 a R$ 3,759) como lance inicial. Porém, outras casas de leilões na Inglaterra notificaram a empresa para avaliar a peça com mais atenção dado os traços externos.

Análise apurada

Assim que examinada por especialistas, a empresa notou que tratavam-se de esculturas egípcias milenares, como revelou o avaliador James Mander à CNN: "Eles têm milhares de anos e são genuínos. Então, é realmente incrível”.

A família não apenas se surpreendeu positivamente com a descoberta, como ficou com a maior parte das 195 mil libras esterlinas (cerca de R$ 1,4 milhão em cotação da época) do arremate final das peças, como informa a ITV.

O comprador do lote não teve o nome revelado, mas sabe-se que é representante de uma entidade internacional, que conduzirá as peças para uma perícia, visando entender a capacidade de restauração e obter uma datação mais apurada.

Ambas as esfinges possuem pouco mais de 1 metro se comprimento e possuem partes remendadas com concreto pelos últimos donos, o que fez as peças diminuírem de valor, mas sem impedir sua restauração para manter a fidelidade de sua primeira versão.