Entenda esse detalhe bizarro da história norte-americana
Abraham Lincoln, o décimo sexto presidente dos Estados Unidos, foi assassinado em um atentado no ano de 1865. Onze anos depois, seu sono eterno quase foi perturbado por um grupo de mafiosos que planejava roubar o cadáver do ex-chefe de Estado.
O plano mórbido só não se concretizou por uma quase cômica mistura de sorte e falta de preparo dos criminosos. Apesar do rapto ter sido fracassado, todavia, ele abriu os olhos do Serviço Secreto norte-americano para a necessidade de proteger presidentes mesmo após a morte.
Big Jim Kennally era o chefe de um esquema de falsificação que havia perdido um dos melhores membros de sua gangue para a polícia.
A fim de tentar tirar o talentoso falsificador de placas Benjamin Boyd da cadeia, o bandido teve uma ideia inusitada: roubar os restos mortais de Abraham Lincoln e então chantagear o governador do estado norte-americano de Illinois para perdoar a sentença do seu parceiro no crime e de quebra enviar uns 200 mil dólares.
O caso foi documentado pelo site US News com informações de Thomas J. Craughwell, autor de Stealing Lincoln's Body, lançado pela Harvard University Press em 2007.
Na teoria, apesar da importância que Lincoln tivera em vida, seu túmulo havia sido feito em um local bem simples de invadir. O presidente jazia em uma tumba no cemitério de Springfield, protegido apenas por um cadeado. Já a tampa de seu caixão havia sido selada com gesso - material fácil de partir.
O cemitério tampouco possuía qualquer segurança durante a noite - nem vigia noturno, nem coveiro, nem um zelador para cuidar do terreno. O Serviço Secreto estadunidense estava prestes a entender, todavia, quão grande havia sido sua ingenuidade ao pensar que não existia necessidade de proteger o túmulo do ex-presidente.
Contudo, o “ladrão de túmulos” que Big Jim contratou para ajudar em sua operação de rapto do cadáver de Lincoln era, na verdade, um agente secreto. Seu nome? Lewis Swegles. Graças a ele os oficiais do governo puderam ficar por dentro de todos os detalhes, ainda segundo o que foi repercutido pelo US News.
Assim, quando os mafiosos vieram arrombar o local, os agentes do Serviço Secreto estavam esperando por eles. Outro detalhe é que, por conta da falta de experiência da gangue em raptar cadáveres (afinal, o ramo do crime deles era a fraude e a falsificação), eles estavam pouco preparados para colocar o plano de prática - contavam principalmente com os conhecimentos de quem julgavam ser o especialista, Lewis.
Big Jim e seus parceiros rapidamente descobriram que não tinham a menor chance de carregar o caixão para fora da tumba presidencial. Logo em seguida, foram presos, o que terminou de frustrar a operação criminosa.
Para impedir que nenhum outro criminoso tivesse a ideia de repetir o feito da gangue de falsificadores, Abraham Lincoln foi posteriormente enterrado a três metros de profundidade de um solo coberto por concreto.
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