A teoria foi levantada em 2015, perdeu força nos anos seguintes, e voltou à tona em 2020; entenda!
Egiptólogos estudam a localização da tumba da rainha Nerfertitihá décadas. O busto da governante egípcia, que foi descoberto em 1912, é uma das mais icônicas relíquias do Antigo Egito que sobreviveram até a atualidade.
Dessa forma, em 2015, quando um estudo trouxe uma teoria de que a sepultura da soberana estaria no mesmo lugar onde foi encontrado o rei Tutâncamon, isso chamou a atenção de toda a comunidade científica.
Conforme repercutido na época pelo The Guardian, o experimento que levantou a suspeita utilizou imagens infravermelhas para escanear o sepulcro do faraó menino, assim sendo capaz de mapear a temperatura das paredes do local.
O método revelou variações térmicas, o que poderia indicar a presença de uma outra câmera atrás da porção norte da sepultura de Tut.
Segundo indicado pelo arqueólogoNicholas Reeves na época, principal autor do estudo, haveria dois cômodos ainda inexplorados. Um deles consistiria em um depósito, enquanto o outro seria o tão almejado local de descanso de Nefertiti.
O pesquisador também argumentou que a tumba do jovem rei era pequena, assemelhando-se mais à antessala de uma câmara funerária, que a uma câmara funerária de fato.
Para Reeves, a morte inesperada de Tutancâmon fez com que ele tivesse sido acomodado às pressas na sepultura de outra pessoa, uma vez que não havia dado tempo de ser construída uma só para ele.
Outra evidência disso seria que, conforme acredita o egiptólogo, 80% dos artefatos encontrados com Tut seriam, na verdade, de outros líderes egípcios, ainda conforme o The Guardian.
Já Nefertiti, por sua vez, morreu apenas sete anos antes do faraó, o que tornaria seu túmulo um bom candidato para abrigar o jovem. Além disso, o arqueólogo defendeu que os murais que decoram a câmara do rei não representam a ele, e sim à rainha egípcia.
Uma outra pesquisa realizada em 2017, todavia, concluiu que não havia nenhuma sala secreta no local de repouso de Tutâncamon, fazendo com que a teoria de Reeves perdesse força. Mas não acabou aí.
No início de 2020, porém, a hipótese foi revivida por novos experimentos realizados por uma equipe liderada por Mamdouh Eldamaty, o ex-ministro de Antiguidades do Egito. O caso foi repercutido pelo Publico.
Usando um radar de penetração do solo, os pesquisadores afirmaram que, mais uma vez, foram encontradas evidências de que existe uma câmara funerária maior por trás do sepulcro de Tut.
Desta vez, inclusive, os cientistas foram capazes de indicar as dimensões do espaço que encontraram: teria dois metros de altura, e impressionantes dez metros de comprimento.
Nem todos, porém, foram convencidos pelos achados, de forma que a questão prossegue sendo controversa.
Parte da comunidade arqueológica acha que a tumba de Nefertiti pode ser achada a qualquer momento, onde estava enterrado Tutancâmon, e parte acredita que as técnicas que apontaram para a existência de salas secretas produziram resultados falsos.
Sem dúvida, o fato é que o tópico voltou a ser discutido por egiptólogos, e talvez provas definitivas surjam eventualmente. Até lá, o assunto permanece um mistério.