Além de conviverem com a violência diária da guerra, os soldados viviam de maneira completamente insalubre
A Primeira Guerra Mundial foi um dos mais terríveis conflitos da história da humanidade, no qual muitas pessoas perderam suas vidas. Durante os primeiros meses, prevaleceu a guerra de movimento. Porém, ainda no final de 1914, os soldados começaram a utilizar a tática de trincheiras.
Um fato importante é que, ao contrário do que viria a ocorrer na Segunda Guerra, as batalhas não se davam nas cidades e, portanto, o embate era apenas entre soldados que se organizavam em trincheiras.
Justamente devido ao formato utilizado, esse tipo de guerra era muito mais lento, o que significava mais tempo em um ambiente violento e insalubre.
A tática de trincheiras
As trincheiras eram valas cavadas na terra que geralmente tinham 1,8 m de largura e 2 m de profundidade. Elas se estendiam e formavam imensos labirintos, sendo que, em alguns meses, passaram a se encontrar entre a Suíça e o litoral norte da França.
As batalhas funcionavam da seguinte forma: os rivais se posicionavam frente a frente dentro das trincheiras, separados por uma faixa de terra com metros de extensão. Caso um dos lados conquistasse a primeira vala, os soldados que antes a ocupavam voltavam para outra fileira.
Estratégias
Com o objetivo de amortecer as balas, as tropas colocavam sacos de areia nas valas. Além disso, barreiras de arame farpado que poderiam chegar a 30 metros de largura também eram uma forma de combater os inimigos.
Uma das ações mais violentas que ocorriam na Primeira Guerra era a utilização de gás mostarda para provocar a morte das tropas rivais. Estima-se que cerca de 90 mil soldados tenham sido mortos por isso.
A barbárie era tanta, que havia combatentes que saíam das trincheiras, preferindo ser mortos a tiros, muitas vezes por metralhadoras, armas utilizadas com enorme frequência.
Além das metralhadoras, outros armamentos muito utilizados eram os obuses e os lança-chamas, ambos capazes de promover enormes danos. O resultado de tamanha violência era devastador.
Os soldados que permaneciam vivos eram obrigados a conviver com os cadáveres de seus companheiros, os quais, muitas vezes por meio de arrotos, expeliam gás.
Outro problema é que as valas eram repletas de ratos, fezes e urina. E era nesse ambiente em que as pessoas se alimentavam. A comida era armazenada em péssimas condições, além de escassa.
Somando todos esses fatores, é possível perceber que a proliferação de doenças era um enorme problema vivenciado pelos soldados.
Entre as enfermidades mais comuns estavam a febre e o "pé de trincheira". Esta última era um verdadeiro terror muito recorrente nas trincheiras e se tratava da perda dos pés ou dos dedos devido ao longo período em que os soldados se encontravam na água fria.
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