Encontrada morta no ano de 2017, a orca surpreendeu profissionais devido à grande quantidade de substâncias tóxicas em seu corpo
Durante o século passado, muitas indústrias dos mais variados ramos, da produção de tintas a equipamentos elétricos, utilizavam produtos químicos sintéticos chamados bifenilos policlorados, também conhecidos como PCBs.
De acordo com a BBC, em reportagem de 2017, o motivo para seu uso em tão grande escala se devia ao fato de serem resistentes a pressões e temperaturas extremas. Entretanto, em razão da enorme toxicidade dos PCBs, países em todo o mundo começaram a proibir seu uso a partir da década de 1970.
Ainda que as indústrias tenham deixado de utilizá-los, esses produtos ainda permanecem no meio ambiente, gerando graves problemas de saúde em animais e em seres humanos, já que demoram muito tempo para se decompor.
E é assim que chegamos à triste história da orca Lulu, vítima da poluição dos mares provocada pela ação humana, com uma chocante história revelada em 2017.
Lulu tinha cerca de vinte anos quando foi encontrada morta em 2017. Conforme os especialistas relataram na época, ela teria ficado presa em uma rede de pesca, o que foi fatal. Contudo, quando realizaram testes de nível de PBCs no animal todos ficaram surpresos e logo levantaram a hipótese de que a rede não teria sido o único motivo que o levou à morte.
Em entrevista à BBC, o veterinário e então chefe do Scottish Marine Animal Stranding Scheme, Andrew Brownlow explicou que os níveis são medidos em miligramas por quilograma de lipídios (ácidos graxos). Segundo ele, o limite de concentração de PCBs aceitável em cetáceos, isto é, sem que os animais sofram com problemas graves, é de aproximadamente 20-40mg/kg.
Porém, segundo o especialista, “Lulu tinha um nível de PCBs de 957mg / kg e isso a coloca como um dos indivíduos mais contaminados que já vimos.”
O especialista afirmou ainda que esses produtos podem prejudicar o cérebro, além dos sistemas imunológico e reprodutor, o que afetou Lulu. "Examinando seus ovários, percebemos que não havia nenhuma evidência de que ela tivesse sido reprodutivamente ativa ou que tivesse tido filhotes," afirmou o veterinário.
Segundo Brownlow, é muito provável que a orca tenha tido o cérebro afetado pelos PBCs, uma vez que é raro ver indivíduos desta espécie em tal situação.
Contudo, para o professor Ian Boyd além de se tratar de uma situação preocupante, deve-se levar em consideração a idade da orca.
"Lulu era bastante velha, então ela teria acumulado PCBs ao longo de sua vida e essa é a razão de ela ter níveis tão altos. É um legado que ela carregou desde seus primeiros anos, provavelmente," disse ao veículo britânico.
Até a divulgação, o esqueleto da orca poderia ser encontrado no Museu Nacional da Escócia, onde era alvo de estudos por profissionais da área.
+Saiba mais sobre orcas através de grandes obras disponíveis na Amazon:
Orca: The Whale Called Killer, de Erich Hoyt (1984) - https://amzn.to/3d05F3r
Beneath the Surface: Killer Whales, SeaWorld, and the Truth Beyond Blackfish, de John Hargrove e Howard Chua-Eoa (2015) - https://amzn.to/2A7KTjO
BlackFish - Fúria Aninal (2013) - https://amzn.to/2VPA0eK
Dentro da baleia e outros ensaios, de George Orwell (2005) - https://amzn.to/3gzmpAS
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/3b6Kk7du