Nova novela da Globo narrará trajetória de dom Pedro II. Conheça mais detalhes sobre seus anos de poder!
Conforme noticiado pela equipe do site do Aventuras na História, no próximo dia 9 de agosto, a rede Globo vai estrear sua nova novela: “Nos tempos do Imperador”. Ambientada entre os anos de 1856 e 1870, a trama narrará a trajetória de Dom Pedro II.
A história destacará, segundo a autora Thereza Falcão, “a relação dele [Pedro II] com ensino, cultura, patrocínio à ciência”, feitos pelo qual ela considera justo o monarca ter sido eleito “O maior brasileiro de todos os tempos”.
Mas antes da estréia, nós do site do Aventuras separamos 5 coisas que você precisa saber sobre o Segundo Império antes de começar acompanhar a nova novela. Confira nossa lista:
O segundo reinado começou em 23 de julho de 1840, quando dom Pedro II assumiu o trono. Porém, isso só foi possível graças ao chamado Golpe da Maioridade. Como explica matéria da InfoEscola, o imperador só poderia assumir o poder quando completasse 15 anos — o que só aconteceria em dezembro.
Porém, com o apoio do Partido Liberal, essa data foi adiantada. A intenção do grupo era que, com a coroação de Pedro II, os conflitos que se passavam no país pudessem ser resolvidos.
Como explica o Brasil Escola, antes disso, durante o Período Regencial, a política brasileira era dividida em dois partidos: o Conservador e os Liberais — cada qual com suas ideias e pensamentos. Como naquela época a disputa entre os dois era intensa, o gabinete ministerial tentou reduzir as rusgas como um revezamento de liderança, mas as coisas não adiantaram muito. Assim, coube ao novo imperador cuidar da situação.
Com sua ascensão ao poder, dom Pedro II promoveu uma série de mudanças políticas no país que, em tese, seriam inspiradas no parlamentarismo britânico — onde o monarca deixa as principais tomadas de decisões nas mãos de um primeiro-ministro, que tem que prestar contas somente ao parlamento. Quando necessário, os parlamentares julgam destituí-lo ou não do cargo.
Porém, como explica José Murilo de Carvalho em ‘A construção da ordem: a elite política imperial’, as coisas por aqui acabaram sendo do “avesso”, com o imperador tendo total liberdade para interferir na política sempre que achasse necessário, ou então da maneira que lhe garantisse seus interesses. Ou seja, caso um primeiro-ministro não lhe agrasse, o monarca tinha total liberdade para tirá-lo de sua função.
No Segundo Reinado, o país se consolidou economicamente com a produção cafeeira. De início, o plantio começou no Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro, conforme aponta o Toda Matéria, e, posteriormente, o cultivo se espalhou por São Paulo.
Com isso, o país começou a exportar mais do importar a matéria prima, o que aumentou a necessidade de uma maior mão de obra. Dessa maneira, as regiões que plantavam o grão logo se tornaram as principais compradoras de escravos — o que fez com que os fazendeiros não vissem de maneira muito animadora a abolição da escravatura.
Além disso, outra área que também teve um crescimento exponencial foi a indústria, que passou por uma enorme revolução, explica o Brasil Escola. Entre os anos de 1840 e 1860, por exemplo, as receitas do país aumentaram quatro vezes.
Parte disso aconteceu por conta da Lei Eusébio de Queirós, que passou a proibir o tráfico negreiro. Dessa maneira, os recursos que eram usados para a compra de escravos passaram a ser investidos. Logo, as exportações aumentaram e o país começou seu plano de expansão em estradas de ferro.
Um dos principais temas tratados na política da época era a abolição da escravatura. Como explica o Toda Matéria, o tema já era abordado por parte da sociedade e também por jornais. Além do mais, escravos, por meio dos quilombos e de irmandades religiosas, buscavam sua alforria na Justiça.
O primeiro passo dado para o fim da escravidão aconteceu em 1850, quando a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro no país, foi sancionada. Entretanto, o processo todo ocorreu de forma mais contida, só acabando de fato em 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea. Antes disso, outras leis já haviam entrado em vigor, como a Lei de Terras, do Ventre Livre e do Sexagenários.
O fim do reinado de dom Pedro II acabou em 15 de novembro de 1889, quando Marechal Deodoro da Fonseca, liderando tropas militares, proclamou a República no Brasil, se tornando o primeiro presidente do país.
Porém, o império começou a ruir muito antes, como explica o Brasil Escola, principalmente depois que dom Pedro II se desgastou com três importantes frentes: a elite rural, a igreja e os militares — esse último sendo o príncipal grupo responsável pela queda, já que estavam insatisfeitos com o império desde o fim da Guerra do Paraguai.