Os restos mortais foram encontrados no Peru, na região litorânea de Huanchaco
No ano de 2019, o mundo da arqueologia foi surpreendido pelo que os especialistas consideraram a descoberta do maior sacrifício em massa de crianças da história.
O caso se deu no Peru, em Huanchaco, localizada a 570 km ao norte da capital Lima, uma região riquíssima em material histórico e que desperta a curiosidade de historiadores e demais profissionais apaixonados pelo passado.
De acordo com uma matéria da BBC Internacional, foram encontrados, ao todo, os restos mortais de 227 crianças, todas com idade entre 5 e 14 anos.
Conforme disseram os arqueólogos à AFP, alguns dos esqueletos, mesmo com a passagem dos séculos, ainda possuíam cabelo quando foram encontrados pela equipe.
Não se sabe ao certo o ano em que as crianças morreram. Entretanto, os arqueólogos acreditam que elas tenham sido oferecidas em sacrifício há mais de 500 anos.
Ao que tudo indica, o sacrifício em massa de crianças era uma prática comum, sendo que um ano antes, em 2018, arqueólogos encontraram os corpos de cerca de 200 crianças em outros lugares do país latino-americano.
Segundo explicou uma nota publicada na National Geographic, os restos mortais apresentam indícios de que as execuções tenham ocorrido em uma época de clima úmido.
O fato de terem sido enterrados de frente para o mar seria, de acordo com os especialistas, uma forma que a cultura Chimú encontrou para 'acalmar' os deuses.
"Os restos das crianças estão de frente para o mar. Alguns têm protetores de pele, cabelo e prata. A maioria está na posição de decúbito dorsal, isto é, deitada. O interessante é que eles têm marcas de corte externas, cortes muito finos", disse o arqueólogo-chefe Feren Castillo.
"Encontramos no ano passado a faca com a qual eles fizeram esses sacrifícios, e o que suspeitamos é que a pessoa que executou deve ter tido muita experiência porque os cortes feitos nas crianças no esterno são muito bem feitos", finalizou.
Os Chimús eram um dos povos mais poderosos da região do Peru e habitavam o litoral norte do país. Eles chegaram ao auge de sua influência entre os anos 1200 e 1400, até que foram dominados pelos incas, os quais mais tarde, acabaram por ser colonizados pelos conquistadores espanhóis.
A civilização Chimú, ao contrário dos incas, não tinham o Sol como deus mais forte. Em vez disso, adoravam Shi, o deus da Lua, sendo que, com frequência, os devotos realizavam inúmeras oferendas e sacrifícios em rituais dedicados ao deus.
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