No ano do bicentenário da Independência, longa revela dificuldades de Dom Pedro I
Neste ano o Brasil comemora o bicentenário da Independência, e, com isso, a partir de setembro, o cenário brasileiro estará voltado para a tão importante data. O cinema não ficará de fora, e em 1° de setembro estreará o filme ‘A Viagem de Pedro’, de Laís Bodanzky.
A trama contará a história da vida privada de Dom Pedro I, no período em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, nove anos após declarar a Independência do país.
O intuito da produção é desconstruir a imagem de Dom Pedro I, humanizando os momentos que marcaram sua trajetória. No filme, em Portugal, Pedro é visto como traidor e, durante a viagem, se prepara para os futuros problemas, além de lidar com doenças que afetam sua sanidade.
O longa, distribuído pela Vitrine Filmes, contará com Cauã Reymond no papel principal, e com Luise Heyer (Dark) e Victoria Guerra completando o arco romântico da trama, sendo elas Leopoldina e Amélia. O filme também aborda questões importantes para o contexto da época, tais como raça e gênero.
A produção chega aos cinemas em um momento oportuno, quando o Brasil pediu o coração de Dom Pedro I para exposição no Museu do Ipiranga, para as celebrações dos 200 anos da data que selou a liberdade do país.
A diretora comenta esse fato: "O governo atual flerta com ideais militares. Pedir o coração emprestado é uma forma ufanista e superficial de comemorar os 200 anos de uma independência que, de fato, nunca aconteceu. Podemos não ser mais colônia de Portugal, mas ainda somos uma colônia".