Médicos acreditavam se tratar de torção muscular, e vítima precisou tomar mais de 40 frascos de antídoto; caso aconteceu no estado do Arizona, EUA
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 02/10/2024, às 15h25
No último dia 17, os médicos de um hospital do Arizona foram surpreendidos por um caso incomum. Allie Brasfield, de 7 anos, foi atendida às pressas no local, com um grande inchaço no tornozelo esquerdo. A condição foi causada pelo veneno de uma cascavel, que ficou alojado na perna da menina por mais de 30 horas.
Segundo apurou o Daily Mail, Allie teria tropeçado no dia anterior enquanto brincava em um parque. Ela alega que não sentiu dor no momento da queda, no entanto, os pais logo perceberam um inchaço de forte cor roxa em seu tornozelo, e a levaram ao pronto-socorro em seguida.
A família passou por consultas em dois hospitais diferentes e, em ambos os casos, os médicos não identificaram a presença do veneno na perna de Allie. A garota foi submetida a bateria de exames de sangue e de imagem. Em um primeiro momento, foi constatada uma torção muscular, no entanto, o segundo médico que a atendeu descartou a hipótese e não conseguiu fechar um diagnóstico.
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Horas depois, após Allie sofrer náuseas e vômitos e o inchaço ter se espalhado, seus pais a levaram ao Phoenix's Children Hospital, onde um exame toxicológico detectou finalmente a presença do veneno no organismo da criança.
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Após ter sido levada à emergência do hospital, Allie Brasfield teve que tomar cerca de 40 frascos de antídoto antiofídico, devido à gravidade do caso. Uma dose usual da profilaxia compreende entre 4 e 12 frascos, mas como o veneno de cascavel é mais difícil de ser tratado depois de 24 horas da picada, os médicos tiveram que aumentar a dosagem.
A criança também precisou ser submetida a transfusões de sangue e duas cirurgias, e agora aguarda a realização de um terceiro procedimento. A organização sem fins lucrativos Go Fund Me tomou conhecimento do caso e hoje mobiliza uma campanha de arrecadação para o tratamento da menina.
Allie ainda não consegue andar e se precisa do auxílio de cadeira de rodas. A mãe acredita que a filha se recuperará com fisioterapia e terapia ocupacional, enquanto o pai complementa: "Foi o momento mais assustador que já vivi, e durou dias, sem saber se ela iria sobreviver."
