A instituição reconheceu ligação com a prática racista em relatório
A renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, anunciou na última terça-feira, 26, a criação de um fundo de pesquisa para financiar projetos relacionados a revisão histórica sobre a escravidão nos Estados Unidos durante os séculos 17 ao 19.
A iniciativa busca reparar a memória da prática na história do país, buscando reverberar na educação sobre o período.
De acordo com o portal UOL, a criação partiu após um relatório mostrar que, historicamente, a instituição corroborou teses racistas.
Dessa forma, o presidente da instituição, Lawrence Bacow, explicou em carta dirigida aos estudantes e docentes, que reconhece o erro e busca repará-lo com a medida.
O tal relatório apontou que, até o século 20, professores ainda promoviam teorias de separação racial como o eugenismo, que buscava "aperfeiçoar" a raça humana com a seleção genética, favorecendo os brancos. Além disso, nos três séculos anteriores, membros da universidade escravizaram cerca de 70 pessoas, como apontou estimativa.
Tal reconhecimento ganhou força nos últimos anos no meio universitário por movimentos negros que emergem no país norte-americano, sendo 'Black Lives Matter' o mais conhecido. Na carta, parcialmente repercutida pelo portal UOL, o diretor acrescentou que a abolição da escravidão ocorreu em dezembro de 1865, mas sua herança obriga o trabalho de reparação ate mesmo nos dias atuais.