Arqueólogos encontraram, em sítio arqueológico localizado no leste do país, tumbas que datam da primeira metade do primeiro milênio
Treze tumbas da etnia Xianbei, datadas da primeira metade do primeiro milênio (até 500 anos d.C.), foram descobertas por arqueólogos do Instituto de Arqueologia Margulan na região leste do Cazaquistão. Os Xianbei eram um povo nômade que habitava áreas que hoje correspondem à Mongólia, Mongólia Interior e nordeste da China, atingindo seu auge durante as dinastias Jin (265-420) e do Norte (386-581).
Os túmulos foram encontrados em um sítio arqueológico a 11 km do vilarejo de Arshaty, no distrito de Katon-Karagay, leste do Cazaquistão. Conforme explica o portal Galileu, eles consistem em sepulturas antigas, circundadas por pedras, com covas de aproximadamente um metro de profundidade no centro.
De acordo com o comunicado, uma das estruturas funerárias contém um cadáver adulto, enquanto outras duas abrigam ossadas de cavalos. Dentro das sepulturas, foram descobertos objetos de cerâmica, conchas de búzios e contas de pedras semipreciosas.
Após a queda do Império Huno, uma união de tribos liderada pelos hunos, os Xianbei desempenharam um papel crucial no desenvolvimento cultural e político da Ásia Central, contribuindo para tradições militares, além de estruturas sociais e econômicas. Sua economia era baseada principalmente na criação de animais e na agricultura.
Os Xianbei foram pioneiros no estabelecimento do sistema de canatos, no qual a tribo era governada por um líder chamado clã, sendo considerados descendentes dos bárbaros Donghu do leste.