Ao analisar os artefatos, pesquisadores se depararam com uma particularidade dos combatentes
Nos anos 1950, arqueólogos descobriram espadas e um armamento antigo diverso ao acaso nas proximidades da montanha Wilzenberg, na Alemanha. Mas elas apresentavam uma característica peculiar: estavam dobradas e suas pontas estavam deformadas. Desde então, inúmeras escavações foram feitas no local.
Recentemente, "um dos maiores estoques de armas da Idade do Ferro no oeste da Alemanha", segundo pesquisadores da Associação Regional de Westphalia-Lippe (LWL), foi descoberto na região. Como informou a Live Science, os especialistas chegaram à conclusão de que a descoberta feita em 1950 não era tão incomum assim.
Na verdade, acredita-se que aquela era uma maneira padrão de se lidar com o armamento do inimigo que havia sido derrotado. Entre as armas encontradas, muitas foram propositalmente danificadas e até mesmo destruídas, uma maneira peculiar de tratar o lado perdedor.
De acordo com Manuel Zeiler, arqueólogo da LWL, essa prática está muito relacionada à civilização celta, que, porém, encontrava-se distante de onde os artefatos foram descobertos. Isso mostra que "longe da civilização celta, as pessoas celebraram um triunfo após a batalha semelhante ao mundo celta", disse ele, repercutido pela Live Science.
O tesouro em questão consiste em mais de 150 itens, entre armas normais e algumas dobradas. A descoberta inclui ferramentas, três moedas de prata, joias de bronze, um osso de perna, ganchos para cintos, fragmentos de escudos, espadas, lanças e pontas de lanças.
"O arsenal é o maior [no estado alemão da] Renânia do Norte-Vestfália e também liga a [região do estado de] Sauerland com processos complexos na Europa da Idade do Ferro", escreveu Michael Baales, arqueólogo LWL, em comunicado.