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Notícias / Titanic

Varredura 3D dos destroços do Titanic traz novas evidências sobre o naufrágio

Uma varredura digital inédita dos destroços do Titanic trouxe novas evidências sobre as horas finais do transatlântico, que afundou em abril de 1912

Redação Publicado em 08/04/2025, às 13h30 - Atualizado em 10/04/2025, às 18h30

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Destroços do Titanic em 3D - Reprodução/Youtube (@NatGeo)
Destroços do Titanic em 3D - Reprodução/Youtube (@NatGeo)

Uma varredura digital inédita feita nos destroços do RMS Titanic trouxe novidades sobre os instantes finais do transatlântico, que afundou em 14 de abril de 1912. As imagens detalham como o navio sofreu perfurações no casco após colidir com um iceberg no Atlântico Norte e se partiu em dois antes de submergir. O desastre vitimou mais de 1.500 pessoas.

A análise dos registros, divulgada nesta terça-feira, 8, pela BBC, integra a produção do documentário Titanic: The Digital Resurrection, da National Geographic e da Atlantic Productions. Para recriar digitalmente a embarcação em escala real, robôs subaquáticos captaram mais de 700 mil imagens de diversos ângulos ao longo de dois anos.

Reconstrução

As imagens tridimensionais oferecem uma nova perspectiva sobre a sala de caldeiras. Segundo a BBC, elas confirmam relatos de que engenheiros permaneceram a bordo até o último instante para manter as luzes do Titanic acesas.

Na reconstrução digital, algumas caldeiras aparecem côncavas, sugerindo que ainda estavam em funcionamento ao tocar a água. No convés da popa, uma válvula de vapor aberta indica que o sistema de eletricidade continuava operando durante o naufrágio.

Parks Stephenson, especialista no Titanic, destacou que a dedicação da equipe liderada por Joseph Bellsalvou muitas vidas. Todos os engenheiros pereceram no navio, permanecendo nas fornalhas para garantir o fornecimento de carvão enquanto os botes salva-vidas eram lançados.

Eles mantiveram as luzes e a energia funcionando até o fim, permitindo que a tripulação realizasse a evacuação com alguma visibilidade, evitando o caos total. Essa bravura está simbolizada pela válvula de vapor aberta na popa", afirmou à BBC. 

Após o naufrágio, a proa do Titanic afundou de forma quase vertical, enquanto a popa se despedaçou ao atingir o fundo do mar. Especialistas atribuem os danos ao impacto violento contra o solo oceânico.

A varredura também revelou a destruição de uma escotilha que, segundo os analistas, pode ter sido atingida diretamente pelo iceberg. A descoberta corrobora relatos de sobreviventes que descreveram a invasão de gelo em algumas cabines no momento da colisão.

Simulações indicam que o Titanic colidiu apenas uma vez com o iceberg, resultando em uma sequência de perfurações ao longo de uma área estreita do casco. No entanto, segunda a BBC, a varredura digital não conseguiu registrar essa seção, pois ela está soterrada no fundo do oceano.