Apesar de ter sido forte o suficiente para ser sentido pela população local, o abalo não causou danos estruturais ou vítimas
Um terremoto de magnitude 4,3 na escala Richter foi registrado na madrugada desta quinta-feira, 3, por volta das 4h, na região de Parauapebas, no sudeste do Pará.
O tremor foi detectado pela Rede Sismográfica Brasileira e posteriormente confirmado pelo Observatório Nacional e pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).
Apesar de ter sido forte o suficiente para ser sentido pela população local, o abalo não causou danos estruturais ou vítimas. Ainda assim, trata-se do mais intenso evento sísmico já registrado na região desde o início dos monitoramentos científicos.
Este é o quarto tremor registrado este ano na parte leste do Pará, segundo o Observatório Nacional. O primeiro ocorreu em 9 de janeiro, também em Parauapebas, com magnitude de 2,8.
Em 17 de janeiro, um segundo tremor, de magnitude 2,3, foi identificado em Novo Repartimento, a cerca de 380 km de distância. Já no dia 28, Tucuruí, cidade a 72 km de Novo Repartimento, registrou um terceiro tremor, com magnitude de 2,9.
O episódio reforça a importância do monitoramento sísmico contínuo na região, ainda que tremores dessa intensidade sejam considerados moderados e relativamente raros no território brasileiro.
Terremotos são raros no Brasil, principalmente devido à posição geológica do país. O território encontra-se no centro da Placa Sul-Americana, uma das grandes placas que formam a crosta terrestre.
Os terremotos mais intensos do mundo costumam ocorrer nas bordas das placas tectônicas, onde elas colidem, se afastam ou deslizam umas sobre as outras — como acontece no Japão, Chile ou Indonésia.
Como o Brasil está longe dessas bordas, ele está em uma região considerada tectonicamente estável, com atividade sísmica quase insignificante.