Após quase 20 anos condenado, Scott Peterson reafirma sua inocência em novo documentário e busca revisão de seu caso pelo Innocence Project
Maria Paula Azevedo, sob a supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/08/2024, às 19h40
Quase 20 anos após ser condenado pelo homicídio de sua esposa e do filho ainda não nascido, e meses depois de o Los Angeles Innocence Project ter assumido seu caso, Scott Peterson se pronunciou em novo documentário para reiterar sua inocência.
Em um clipe inédito do documentário da Peacock, intitulado “Face to Face with Scott Peterson”, Peterson é questionado por que alguém deveria ouvir sua versão da história. Ele responde: “Porque eu não matei minha família”.
Após um julgamento de quase seis meses em 2004, que atraiu grande atenção dos seguidores do caso desde o início, Scott Peterson foi considerado culpado de homicídio em primeiro grau pela morte de sua esposa, Laci, e homicídio em segundo grau pela morte do filho ainda não nascido do casal, Conner. Inicialmente condenado à morte, sua sentença foi posteriormente anulada, e ele foi reavaliado para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Em dezembro de 2002, Peterson relatou que sua esposa grávida, Laci, havia desaparecido da casa do casal em Modesto, na Califórnia. Menos de quatro meses depois, os corpos de Laci e Conner foram encontrados na Baía de São Francisco.
Conforme repercutido pela CNN, na época do caso, os promotores alegaram que o motivo de Peterson para os assassinatos era fugir da vida de casado e da futura paternidade.
O caso recebeu ampla cobertura em filmes, programas de TV, livros, podcasts e documentários ao longo dos anos. Nesta quarta-feira, 14, a Netflix lançou uma série documental em três partes chamada “American Murder: Laci Peterson”, que também explora o caso e inclui uma entrevista detalhada com a mãe de Laci, Sharon Rocha.
Em 2023, os advogados de Scott Peterson apresentaram uma petição de habeas corpus, alegando “violações dos direitos constitucionais estaduais e federais, bem como dos direitos estatutários estaduais, incluindo uma alegação de inocência real sustentada por evidências recém-descobertas”.
Um ano depois, o Los Angeles Innocence Project, uma organização sem fins lucrativos dedicada à exoneração de pessoas condenadas injustamente, anunciou que estava investigando a “alegação de inocência real” de Peterson enquanto ele buscava um novo julgamento.
Em maio, um juiz da Califórnia decidiu que o DNA encontrado na fita adesiva, que estava colada na calça de Laci Peterson, poderia ser reexaminado.
