Em entrevista à equipe do site Aventuras na História, o documentarista Camilo Tavares expõe a visão dos EUA após o Golpe
John Fitzgerald Kennedy foi assassinado há exatos 58 anos, em 22 de novembro de 1963. Tido como um dos presidentes mais populares da história dos Estados Unidos, JFK ficou conhecido pelo apoio à Martin Luther King Jr. e pelos intensos conflitos envolvendo Cuba e a União Soviética, no auge da Guerra Fria.
Entretanto, o 35º presidente norte-americano também tem uma relação muito próxima com um dos episódios mais nebuloso da história de nosso país: o Golpe de 64.
Apresentando documentos desclassificados do Governo dos EUA, o jornalista Camilo Tavares mostra mais detalhes dessa intervenção em ‘O dia que durou 21 anos’ (2012).
“Um telegrama, de 1961, é onde o Kennedy dá o sinal verde, através do embaixador dele, o Lincoln Gordon, que estava aqui no Rio de Janeiro, para articular uma conspiração militar e civil com muito dinheiro, com muitos fundos dos Estados Unidos para, em dois ou três anos, chegar no Golpe”, explica Camilo em entrevista exclusiva à equipe do site do Aventuras na História.
Kennedy foi fundamental [para o Golpe]. Se não fosse o Kennedy, provavelmente, não teria acontecido da maneira como aconteceu”, diz.
Além do papel de JFK e de dar detalhes como uma campanha de enfraquecimento na mídia ajudou a depor João Goulart, o documentarista conta qual foi a reação americana após o Golpe.
“Tem até um telegrama do Lincoln Gordon, que não está no filme, que ele fala: ‘A gente abriu uma Caixa de Pandora, os militares estão perdendo o controle com a violência, mas a gente, agora, tem que continuar apoiando’”, completa Camilo Tavares.
Confira abaixo a segunda parte da entrevista de Camilo Tavares com o site Aventuras na História!