Cem pessoas eram mantidas em jejum dentro de uma igreja no Quênia
Autoridades do Quênia prenderam, nesta quinta-feira, 27, um dos pastores mais influentes do país, Ezekiel Odero, líder da Igreja da Nova Vida.
O religioso, assim como o pastor Paul Mackenzie Nthenge, da Igreja Internacional das Boas Novas, pregava o jejum extremo como meio de encontrar Deus e estava mantendo cem fiéis em greve de fome. A prática já levou ao menos 98 pessoas a óbito.
Ezekiel foi levado à sede da polícia regional em Mombaça, vestido de branco e segurando uma Bíblia. A prisão foi anunciada pelo ministro do Interior do país, Kithure Kindiki.
A referida Igreja foi fechada. As mais de 100 pessoas que estavam escondidas no local foram evacuadas e serão obrigadas a registrar depoimentos", acrescentou Kindiki.
Segundo informações do portal de notícias G1, as autoridades do país encontraram nos últimos dias os corpos de 98 seguidores da igreja de Mackenzie, motivo pelo qual anunciaram medidas contra cultos "inaceitáveis" classificados como "terroristas".
As vítimas, que era crianças em sua maioria, seguiram os ensinamentos do pastor, que ordenou que os fiéis morressem de fome antes do dia 15 de abril, quando ocorreria o fim do mundo.
De acordo com a fonte, a autoridade regional Rhoda Onyancha declarou que a prisão de Odero estava ligada a "alegações de mortes que ocorreram em suas instalações e relatadas em vários necrotérios ou instituições".
O líder religioso costuma atrair multidões para sua igreja ao sul de Melinde, onde vende pedaços de tecidos "sagrados" que supostamente podem curar doenças.