As tropas russas teriam utilizado os explosivos ao menos 24 vezes contra áreas civis
Uma alta funcionária da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou ao Conselho de Segurança que recebeu depoimentos "credíveis" de que a Rússia teria utilizado bombas de fragmentação contra áreas civis da Ucrânia ao menos 24 vezes.
"As alegações de que as forças ucranianas teriam utilizado essas armas também estão sendo investigadas", declarou Rosemary DiCarlo na última terça-feira, 5. As informações são da AFP.
De acordo com a agência de notícias, a ONG Human Rights Watch já havia denunciado, no início de março, o uso dessas armas por parte das forças russas "em pelo menos três zonas residenciais de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 28 de fevereiro".
Esse tipo de armamento foi proibido pela Convenção de Oslo de 2008, que não contou com a assinatura de Moscou. "Sua utilização, como foi documentado em Kharkiv, poderia constituir um crime de guerra", disse a HRW no mês passado.
Segundo a fonte, as bombas de fragmentação possuem diversas pequenas bombas em seu interior, que se espalham. Muitas delas acabam não explodindo no momento em que são lançadas, transformando-se em minas terrestres.
Conforme apontou um relatório do Senado da França, o uso de bombas de fragmentação "em áreas habitadas por alguns exércitos provocou, nos países envolvidos, danos humanitários desproporcionais".