Ativistas se reuniram em frente à Suprema Corte e compararam proibição do aborto com liberação do porte de armas
Em frente ao prédio do tribunal da Suprema Corte, em Washington, um grupo de 30 manifestantes com cartazes e máscaras, protestaram contra a decisão que impede o direito ao aborto na Constituição dos EUA. A manifestação ocorreu nessa sexta-feira, 24.
Após a decisão dos juízes para a validação de uma lei que foi criada 2018, a qual impedia o aborto após a 15º semana de gestação mesmo em caso de estupro, ativistas se reuniram na frente da Suprema Corte no início da noite.
Com cartazes com escritos como: "as pessoas devem decidir seus destinos" e "Velhos discursos de m*** não resolvem. Revoltas resolvem. Votar resolve". Os manifestantes também possuíam sinalizadores que soltavam uma fumaça preta. Eles também picharam o asfalto com as frases. As informações são da Folha de S. Paulo.
A manifestação teve seu início em frente ao prédio do tribunal. Depois, o grupo se dirigiu ao centro da cidade e por fim retornou à Suprema Corte. Em contrapartida aos "defensores das mulheres", ativistas contra o aborto debatiam muitas vezes em tom agressivo contra os manifestantes.
Ruas ao redor da Suprema Corte foram bloqueadas e a segurança reforçada. Policiais de bicicleta e em viaturas seguiam os protestantes. Os manifestantes também queimaram bandeiras dos EUA no asfalto.
Em seus cartazes, os protestantes comparavam a proibição do aborto à liberação do porte de armas. A Suprema Corte também decidiu que não pode impedir o porte de armas em público, nessa quinta-feira, 23, mesmo após os recorrentes ataques em escolas.
Na manhã da sexta-feira, 24, foi anunciado que a Suprema Corte decidiu pela validade de uma lei criada 2018 no estado do Mississippi, sobre a interrupção da gravidez após a 15º semana de gestação, mesmo em casos de estupro, como informa a Folha.
O procedimento não é impedido, mas abre espaço para que vetos locais sejam adotados pelos 50 estados do país. Foi derrubada a decisão de 1973 que garantia a interrupção da gravidez pelas mulheres, com base no direito a privacidade.
Outros protestos em Los Angeles e Austin também ocorreram. Além de 10 mil pessoas que se reuniram em uma praça em Los Angeles e depois marcharam pela cidade, conforme anunciado pela TV ABC.