A psicóloga Ana Estrada, de 45 anos, entrou com o pedido formal na Justiça para a realização do procedimento em fevereiro de 2021; entenda!
Neste último domingo, 21, a psicóloga peruana Ana Estrada, que sofria há anos de uma doença incurável, morreu por eutanásia. Segundo um comunicado divulgado por sua advogada, Josefina Gayoso, o procedimento foi autorizado pela Suprema Corte do Peru em 2022. Este foi o primeiro caso de morte por eutanásia no país.
No domingo, 21 de abril de 2024, Ana Estrada exerceu o seu direito fundamental a uma morte digna e acedeu ao seu procedimento médico de eutanásia. Ana morreu nos seus próprios termos, conforme a sua ideia de dignidade e em pleno controle da sua autonomia até o final", disse a advogada em seu comunicado.
Conforme repercutido pelo G1, Gayoso também esclareceu que o processo foi realizado segundo o "Plano e Protocolo de Morte Digna", aprovado pelo Seguro Social de Saúde do Estado peruano.
COMUNICADO DE PRENSA.
— Josefina MQ.Gayoso (@Josefina_28) April 22, 2024
Ana es libre. Gracias a todos y todas por hacer eco de su voz.
Vuela alto, Anita❤️🕊️ pic.twitter.com/xR86Jq1GTD
Desde os 12 anos, Ana sofria lutava contra a polimiosite, uma doença sem cura e degenerativa que resulta em fraqueza muscular progressiva. Segundo a imprensa peruana, ela passou a usar uma cadeira de rodas aos 20 anos, em razão de sua condição.
Em sua sentença endereçada à população e ao Ministério da Saúde, a Justiça pediu respeito a decisão de Ana, além de ressaltar que se deve "entender por eutanásia a ação de um médico de fornecer de forma direta (oral ou intravenosa) um fármaco destinado a pôr fim à sua vida".