Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Brasil

Pesquisadores encontram árvore frutífera única no mundo na Mata Atlântica

Nova espécie frutífera revela riqueza oculta na Mata Atlântica do Rio de Janeiro e levanta alerta para conservação

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/08/2024, às 17h35

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ramo da espécie Siphoneugena carolynae - Reprodução/Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade-RJ
Ramo da espécie Siphoneugena carolynae - Reprodução/Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade-RJ

Uma descoberta extraordinária foi feita na Mata Atlântica, próximo à cidade de Maricá, no Rio de Janeiro: uma árvore frutífera única, a Siphoneugena carolynae, foi identificada por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Trata-se do único exemplar conhecido no mundo.

A nova espécie foi encontrada no Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia, uma área rica em história natural e que já havia sido explorada pelo renomado cientista Charles Darwin em 1832. 

Com sete metros de altura e parentesco com as jabuticabeiras, a Siphoneugena carolynae representa um importante avanço no conhecimento das espécies da Mata Atlântica. A descoberta ressalta a importância das áreas protegidas para a conservação de espécies raras e com distribuição restrita.

O estudo, que levou cinco anos para ser concluído, resultou na publicação do achado na revista científica Brittonia, do Jardim Botânico de Nova York. Durante o período de pesquisa, os cientistas acompanharam o desenvolvimento reprodutivo da árvore, que se tornou a 13ª espécie do gênero conhecida até hoje.

Responsáveis

Thiago Fernandes e João Marcelo Braga, responsáveis pela descoberta, receberam orientação de Marcelo da Costa Souza, coordenador do Jardim Botânico do Rio e membro do Departamento de Botânica da UFRRJ. Marcelo destacou que 14% das espécies de árvores ainda são desconhecidas pela ciência, o que ressalta a urgência de mais estudos e a proteção de habitats.

Segundo a 'Folha de S. Paulo', a Siphoneugena carolynae recebeu o nome em homenagem à professora Carolyn E. B. Proença, da Universidade de Brasília, por suas contribuições à taxonomia e biologia reprodutiva das mirtáceas.