A conta exibia detalhes dos voos do bilionário e dono do Twitter, Elon Musk
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Licolins Publicado em 29/01/2022, às 07h47 - Atualizado às 16h12
O robô dedicado a rastrear voos particulares de Elon Musk, o perfil @ElonJet, foi suspenso do Twitter nesta quarta-feira, 14. A conta tinha cerca de 500 mil seguidores, e automaticamente tuitava quando e onde o avião do dono da rede social decolava ou pousava, inclusive a duração do trajeto.
A suspensão da conta criada pelo estudante Jack Sweeney vai de encontro com uma declaração feita por Musk em novembro: "Meu compromisso com a liberdade de expressão se estende até mesmo a não banir a conta que rastreia meu avião, mesmo que isso seja um risco direto à segurança pessoal".
A medida acontece menos de uma semana depois que Sweeney afirmou, através de sua conta pessoal do Twitter, que o aparelho de rastreamento estava sendo restringido pela rede social de forma discreta. O rapaz publicou um print de uma suposta mensagem recebida por ele em que pedia à sua equipe para aplicar à conta um filtro de visbilidade.
A mensagem teria vindo do Slack do Twitter, exibindo o pedido citado anteriormente feito pela líder de segurança da empresa, Ella Irwin. Contudo, as versões do perfil do Instagram e do Facebook ainda estão no ar.
Antes mesmo de Elon Musk anunciar a compra do Twitter, Jack Sweeney chamou a atenção, em janeiro, por ter recusado uma oferta de US$ 5 mil (R$ 26 mil) do milionário para excluir ElonJet, segundo informações da Folha de S. Paulo.
O rapaz afirmou que o valor que lhe foi oferecido não era suficiente comparado aos seus ganhos com o perfil. À CNN americana, ele disse que “o dinheiro não substitui fatores como o prazer".
Mas como toda essa confusão com a privacidade de Musk teve início? Entenda o caso:
O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX, está enfrentando uma situação de falha de segurança e descobriu que, mesmo com todo o dinheiro que possui, ainda pode ter sua privacidade sob risco.
Um jovem de 19 anos começou a rastrear seu jatinho particular por meio de um robô cuja configuração foi desenvolvida exatamente com esse objetivo. Segundo Jack Sweeney, estudante universitário, isso foi feito a partir de dados já disponíveis.
Ele explicou a Musk que vem fazendo isso há algum tempo e aproveitou para alertar ao empresário sobre como ele não está cuidando tão bem assim de sua privacidade. O CEO, por sua vez, precisou fazer uma proposta rápida para solucionar o problema.
Em mensagens privadas apuradas pelo New York Post, é possível ler o bilionário sugerindo ao universitário: "Ok, que tal US$ 5 mil [R$ 27 mil na cotação atual] por essa conta e para me ajudar a tornar um pouco mais difícil para os loucos me rastrearem?".
Musk, para sua surpresa, acaba recebendo uma contraproposta de Sweeney, que escreve: "Alguma chance de subir a proposta para US$ 50 mil [R$ 271 mil)]? Ajudaria-me na faculdade e possivelmente a comprar um carro", sugeriu.
Como noticiou o UOL, ainda não se sabe se o CEO aceitou ou rejeitou a contraproposta do jovem. No entanto, ele busca por uma solução rápida para que seu jatinho não tenha mais sua localização acessada em tempo real por conta da falha de segurança.