Marcola teria sido um dos sete mandantes dos assassinatos de oito presos, ocorridos no ano de 2001
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) confirmou a condenação de 152 anos de reclusão para Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, pelo assassinato de oito prisioneiros na antiga Casa de Detenção do Carandiru, em fevereiro de 2001, na zona norte de São Paulo.
Ele, que tem hoje 55 anos, foi acusado de ser o mandante dos crimes e líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), alegadamente ordenando os assassinatos porque as vítimas pertenciam a uma facção rival chamada Seita Satânica.
De acordo com o portal UOL, a defesa de Marcola buscou uma revisão criminal, alegando que não havia provas de sua afiliação ao PCC na época dos fatos, portanto não poderia ser vinculado aos crimes nem considerado mandante.
No entanto, os oito desembargadores do 1º Grupo de Direito Criminal do TJ-SP, apoiados por depoimentos de prisioneiros, policiais e funcionários do sistema prisional, concluíram que Marcola era, de fato, membro do PCC e um dos sete mandantes dos assassinatos.
Os desembargadores argumentaram que o réu e os outros seis acusados coordenaram os assassinatos separadamente, em datas distintas, para ocultar o envolvimento da facção criminosa. Eles destacaram que os crimes foram motivados por vingança, executados de maneira que impediu a defesa das vítimas devido à superioridade numérica dos agressores e envolveram métodos cruéis que causaram sofrimento extremo às vítimas.