Cerca de 73 pessoas, incluindo 41 crianças, ficaram desabrigadas em ação realizada na terça-feira, 3
Israel foi repreendido pela ONU por ter demolido as casas de cerca de 73 pessoas, entre as quais estão 41 crianças, que ficaram desabrigadas. A demolição ocorreu na terça-feira, 3, no assentamento beduíno de Khirbet Humsa, no Vale do Jordão.
No total, 76 estruturas incluindo casas, painéis solares, banheiros e abrigos de animais foram destruídos, de acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). As autoridades israelenses, no entanto, dimunuíram número real, afirmando que se tratava de uma "atividade de fiscalização" que foi realizada em sete tendas e oito currais, pois as construções seriam ilegais.
"Esta é uma grande injustiça", declarou Harb Abu al-Kabash, morador que teve sua casa destruída, ao jornal israelense Haaretz. "Não sabíamos que eles estavam vindo e não nos preparamos, e agora enfrentamos a chuva", prosseguiu.
Segundo a Ocha, Khirbet Humsa era uma das 38 comunidades localizadas dentro das regiões designadas por Israel como "zonas de tiro" e que constituem "algumas das comunidades mais vulneráveis na Cisjordânia". A ONU considerou a ação como uma "grave violação" da Quarta Convenção de Genebra", lei internacional que se propõe a proteger as populações civis nos territórios ocupados.