Testemunho de um aposentado australiano chama atenção para o misterioso caso de Lord Lucan, que chocou o mundo há 50 anos
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/11/2024, às 17h00
Cinquenta anos após o brutal assassinato da babá Sandra Rivett e o subsequente desaparecimento do aristocrata britânico Lord Lucan em 1974, um novo capítulo na busca pelo assassino foi escrito.
Um documentário inédito da BBC Internacional apresenta um homem australiano que, segundo o filho da vítima, Neil Berriman, seria o próprio Lord Lucan, responsável pelo crime brutal.
Em uma investigação que durou 17 anos, Berriman rastreou o homem até a Austrália, convencido de que havia encontrado o fugitivo em questão. Em confronto, o aposentado negou ser Lucan, mas admitiu ter mudado de nome diversas vezes.
Se eu for Lord Lucan, o que diabos você vai fazer? Me colocar na prisão?", disse o australiano à BBC.
Durante a entrevista, o homem fez revelações surpreendentes sobre seu passado, afirmando ter sido criado em Londres, estudado em Eton e ter ligações com a família real.
Ele também mencionou ter sido expulso da escola e ter crescido em um ambiente aristocrático: "Eu cresci em Londres. Lugares diferentes. Parte da família era da aristocracia inglesa, Palácio de Buckingham".
Durante a entrevista, o australiano quis deixar uma mansagem para Berriman: "Eu não sei quem diabos é Lord Lucan. Onde quer que você esteja, Neil, posso lhe garantir que não sou esse homem, nunca fui, nunca serei".
Berriman, um construtor de Hampshire, emocionado ao falar sobre sua busca, descreveu a jornada como uma tentativa de trazer justiça para sua mãe, explica o The Mirror. Sua investigação meticulosa o levou a acreditar, inicialmente, que Lucan vivia como um monge budista em um retiro na Austrália.
No entanto, o homem negou qualquer afiliação religiosa e apresentou uma série de outras histórias sobre seu passado: "Eu não sou um maldito budista - eu não sou nada".
Ainda de acordo com o veículo, o documentário da BBC apresenta evidências e entrevistas que dão um impulso à investigação. A polícia britânica reabriu o caso em 2019, mas até o momento, Lord Lucan continua desaparecido e presume-se morto.
