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Notícias / Japão

Número de nascimentos no Japão tem baixa recorde em 2024

O Japão registrou um número recorde de baixa natalidade em 2024, com apenas 720.988 nascimentos; é o nono ano consecutivo de queda demográfica do país

Redação Publicado em 27/02/2025, às 11h02

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Homem japonês segura seu bebê dormindo - Getty Images
Homem japonês segura seu bebê dormindo - Getty Images

O Japão registrou um número recorde de baixa natalidade em 2024, com apenas 720.988 nascimentos, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 27. É o nono ano consecutivo de queda demográfica do país.

Apesar das medidas anunciadas em 2023 pelo então primeiro-ministro Fumio Kishida para estimular a natalidade, os nascimentos caíram 5% no ano. Paralelamente, o Japão teve um número recorde de 1,62 milhão de mortes, resultando em mais de duas mortes para cada novo nascimento.

O declínio da natalidade e o envelhecimento da população têm impacto direto na economia do Japão. Projeções indicam que, dos atuais 125 milhões de habitantes, o país poderá perder cerca de 30% de sua população, reduzindo-se para 87 milhões até 2070.

"Acreditamos que a queda no número de nascimentos ainda não foi controlada de forma eficaz", afirmou o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, em coletiva de imprensa. Ele acrescentou que o governo continuará a expandir programas de assistência infantil, oferecer subsídios para famílias com filhos, promover aumentos salariais e incentivar iniciativas de aproximação entre potenciais parceiros.

Casamentos

O economista Takumi Fujinami, do Japan Research Institute, disse em entrevista à Reuters que atribui a queda dos nascimentos à redução dos casamentos nos últimos anos, influenciada pela pandemia de Covid-19. 

Embora o número de uniões tenha subido 2,2% em 2024, chegando a 499.999, esse crescimento ocorre após quedas expressivas, como a de 12,7% registrada em 2020. Fujinami alertou que o impacto dessa tendência pode se estender até 2025. No Japão, a relação entre casamento e natalidade é particularmente forte, uma vez que poucos bebês nascem fora do matrimônio. 

O primeiro-ministro Shigeru Ishiba reconheceu o aumento recente nos casamentos, mas destacou que a queda nos nascimentos persiste. Para ele, é essencial focar na relação entre ambas as estatísticas para buscar soluções eficazes.

Precisamos estar cientes de que a tendência de queda de nascimentos não foi interrompida. Mas o número de casamentos registrou um aumento. Dada a estreita relação entre o número de casamentos e o número de nascimentos, devemos nos concentrar nesse aspecto também", disse à Reuters.

Segundo a Associated Press, pesquisas indicam que muitos japoneses mais jovens estão relutantes em constituir família, desmotivados pela falta de oportunidades no mercado de trabalho, pelo alto custo de vida — que cresce mais rápido do que os salários — e por uma cultura corporativa pouco compatível com a divisão das responsabilidades parentais.