O porta-aviões USS Wasp naufragou em 1942, causando a morte de cerca de 194 soldados
O naufrágio do USS Wasp (Vespa) foi encontrado após 77 anos desaparecido. O responsável pela descoberta foi o navio de pesquisa chamado Petrel, que partiu de Honiara, em Guadalcanal, para encontrar o Wasp. O porta-aviões americano foi abatido por torpedos japoneses enquanto transportava reforços para Guadalcanal em 15 de setembro de 1942.
A equipe, composta por 37 pessoas, foi liderada por Robert Kraft, um ex-piloto de submarinos médicos e civis do Exército. Os pesquisadores fizeram a busca no Mar de Coral, localizado no Oceano Pacífico, na costa nordeste da Austrália. O local fica entre 4.000 e 6.000 metros de profundidade, na chamada zona abissal: um reino sem luz caracterizado por temperaturas geladas da água, vida animal escassa e pressão atmosférica esmagadora.
O USS Wasp era guiado pelo Tenente Comandante John F. Greenslade no período do naufrágio. Os soldados do navio foram dar apoio à invasão americana das Ilhas Salomão, mas quando navegou para o sul para reabastecer foi atacado pelo submarino japonês I-19. Quatro torpedos devastaram seu casco, causando um incêndio catastrófico. Foram 194 vítimas, entre mortos e desaparecidos. A localização dos corpos e do naufrágio permaneceu um mistério até agora.
Kraft e sua equipe procuraram o Wasp por duas semanas, até que no último dia o porta-aviões foi encontrado, cercado por outros aviões abatidos e capacetes abandonados.
A descoberta é mais um sucesso para o projeto que o multibilionário co-fundador da Microsoft, Paul Allen, iniciou. Seu navio, o Petrel, é o mais bem equipado e bem sucedido navio privado na Terra para encontrar naufrágios em águas profundas.
Durante os anos de funcionamento, entre os achados do navio de pesquisa estão os restos do USS Lexington e do USS Juneau, e o mais famoso navio de guerra americano de todos tempo, o USS Indianapolis.