Autoridades russas têm defendido que aqueles que morrerem na guerra terão seus pecados absolvidos
Autoridades russas vêm incentivando que seus cidadãos lutem contra a Ucrânia a partir de uma visão religiosa. A narrativa, que tem sido defendida por personalidades como o patriarca ortodoxo Kirill, diz que aqueles que morrerem em combate serão absolvidos de seus pecados.
Aliado do presidente Vladimir Putin, o religioso pediu aos aos fiéis ortodoxos que apoiassem seus "irmãos" na invasão ao território ucraniano desde o início do conflito. Além disso, Kirill ainda declarou mais tarde, em sermão realizado em setembro, que morrer na Ucrânia "absolve todos os pecados".
Assim, à medida que aumentam os fracassos militares russos na guerra, as autoridades do país tendem a adotar um sentido religioso para o conflito, como aponta a agência de notícias AFP.
De acordo com a fonte, outras figuras notórias em Moscou também têm retratado a guerra como uma batalha contra um Ocidente decadente.
Em novembro do ano passado, o ex-presidente Dmitri Medvedev declarou que a Rússia enfrentava uma ameaça existencial e apontou que o "objetivo sagrado" do país era lutar contra o Ocidente satânico.
"Ouvimos as palavras do Criador em nossos corações e as obedecemos", escreveu o integrante do Conselho de Segurança russo Medvedev. "O objetivo é deter o governante supremo do Inferno, independentemente do nome que ele use: Satanás, Lúcifer, ou Iblis", finalizou.