Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Segunda Guerra Mundial

Morre Masamitsu Yoshioka, o último bombardeiro de Pearl Harbor

Último sobrevivente conhecido entre os cerca de 770 tripulantes da armada aérea japonesa que atacou Pearl Harbor faleceu aos 106 anos de idade

por Giovanna Gomes
[email protected]

Publicado em 04/10/2024, às 08h39

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Masamitsu Yoshioka - Divulgação/Arquivo da família
Masamitsu Yoshioka - Divulgação/Arquivo da família

Faleceu, aos 106 anos de idade, Masamitsu Yoshioka, o último sobrevivente conhecido entre os cerca de 770 tripulantes da armada aérea japonesa que atacou Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941. Sua morte foi anunciada em 28 de agosto nas redes sociais pelo jornalista e autor japonês Takashi Hayasaki, que o entrevistou no ano passado.

"Quando o encontrei no ano passado, ele compartilhou palavras valiosas com uma presença digna", escreveu Hayasaki, de acordo com o portal O Globo. "Será que o povo japonês esqueceu algo importante desde o fim da guerra? O que é a guerra? O que é a paz? O que é a vida? Descanse em paz."

Yoshioka, que morava no distrito de Adachi, em Tóquio, visitava, nos quase 80 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o Santuário de Yasukuni para orar pelas almas de seus companheiros de combate.

Torpedo

Aos 23 anos, Yoshioka, como bombardeiro, lançou um torpedo que afundou, por engano, o U.S.S. Utah, um navio de guerra desarmado. No entanto, ele raramente falava publicamente sobre os 15 minutos do ataque, que o presidente Franklin D. Roosevelt descreveu como "uma data que viverá na infâmia".

Em uma entrevista no ano passado, Yoshioka expressou vergonha por ser o único sobrevivente e por ter vivido tanto tempo. Quando perguntado se gostaria de visitar Pearl Harbor, ele respondeu que não saberia o que dizer, mas depois admitiu que gostaria de prestar seu respeito aos túmulos dos homens que morreram.

Após a guerra, Yoshioka trabalhou para a Força de Autodefesa Marítima do Japão e em uma empresa de transporte, mantendo-se longe dos holofotes, mas sempre marcado pelas memórias do conflito.