Caracterizada por símbolos como um peixe sob um teto ou um boneco de palito sem cabeça, a linguagem antiga permanece indecifrada
A escrita misteriosa da civilização do Vale do Indo continua a intrigar pesquisadores e entusiastas, oferecendo um desafio ainda sem solução.
Caracterizada por símbolos como um peixe sob um teto ou um boneco de palito sem cabeça, essa linguagem antiga permanece indecifrada apesar dos esforços de especialistas ao longo de mais de um século.
O governo de Tamil Nadu, no sul da Índia, recentemente ofereceu um prêmio de US$ 1 milhão a quem conseguir decodificar essa escrita, alimentando ainda mais o interesse pelo enigma.
A civilização do Vale do Indo, que floresceu há milhares de anos no território que hoje abrange o Paquistão e o norte da Índia, rivalizava em sofisticação com as culturas do Egito Antigo e da Mesopotâmia.
Suas cidades eram planejadas com sistemas de drenagem avançados e infraestrutura urbana notável.
Os registros encontrados até hoje somam cerca de 4.000 inscrições, muitas delas em pequenos selos de pedra com sequências curtas de símbolos, o que dificulta a análise. A ausência de artefatos bilíngues, como a Pedra de Roseta, também complica a decifração.
Entre as teorias mais aceitas, especula-se que a escrita seja lida da direita para a esquerda e possua usos religiosos e comerciais. No entanto, a falta de consenso sobre as origens linguísticas – se relacionadas a línguas indo-europeias ou dravidianas – gera debates acalorados, com implicações políticas e culturais profundas.
Pesquisadores como Rajesh P. N. Rao, da Universidade de Washington, utilizam modelos computacionais para identificar padrões nos símbolos, enquanto outros especialistas tentam associar os sinais a significados culturais conhecidos. Apesar dos esforços, ainda não há uma decifração definitiva.
O mistério da escrita do Vale do Indo continua a atrair acadêmicos e amadores, impulsionados tanto pela promessa do prêmio milionário quanto pelo fascínio por essa civilização avançada. Enquanto isso, a esperança de uma descoberta que revele os segredos dessa cultura permanece viva.