Novas escavações arqueológicas na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, chamam atenção; confira detalhes da descoberta
Novas escavações arqueológicas na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, revelaram evidências de que oliveiras e videiras cresciam no local há cerca de 2.000 anos, corroborando a descrição da área presente no Evangelho de João.
A descoberta, feita por meio de análises arqueobotânicas e de pólen em amostras retiradas do subsolo da antiga basílica, oferece uma nova perspectiva sobre a história do local sagrado para os cristãos.
As análises realizadas nas amostras revelaram a presença de oliveiras e videiras, plantas comuns na região e mencionadas no Evangelho de João. A passagem bíblica descreve um jardim no local da crucificação de Jesus, onde um novo sepulcro havia sido escavado.
A professora Francesca Romana Stasolla, da Universidade Sapienza de Roma, que lidera as escavações, explicou ao 'The Times of Israel' que a área já fazia parte da cidade na época do Imperador Adriano, no século 2 d.C. No entanto, na época de Jesus, a área ainda não era urbanizada e era utilizada para agricultura e sepultamentos. As escavações revelaram diversos túmulos escavados na rocha, o que confirma o uso da área como local de sepultamento na época.
A Igreja do Santo Sepulcro é um dos locais mais sagrados para o cristianismo, pois é considerada o local da crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus. A primeira estrutura da igreja foi construída no século 4 pelo Imperador Constantino, e ao longo dos séculos, o local passou por diversas transformações, incluindo destruições e restaurações.
As escavações atuais fazem parte de um projeto de restauração da igreja, que começou em 2019 após décadas de conflitos internos entre as comunidades religiosas que administram o local. A restauração inclui a substituição do piso da igreja e a realização de escavações arqueológicas, que revelaram as importantes descobertas sobre a história do local.
As escavações no Santo Sepulcro devem ser retomadas após a Páscoa e a equipe de arqueólogos continuará a analisar os artefatos encontrados, incluindo fragmentos de cerâmica, ossos de animais e moedas. A documentação completa das descobertas levará anos, mas as informações obtidas oferecem uma nova compreensão da história do local e da região.
A descoberta do jardim da época de Jesus no Santo Sepulcro é um marco importante para a arqueologia e para a história do cristianismo. Ela confirma a veracidade dos relatos bíblicos e oferece uma nova perspectiva sobre a paisagem e a cultura da região na época de Jesus.