As gravuras em alto-relevo da construção egípcia já haviam sido identificadas, mas apenas agora que podemos vê-las em detalhes
Uma missão arqueológica no Templo de Knhum, localizado na província egípcia de Luxor, tenta desde 2018 retirar a camada de sujeira e fuligem de 2 mil anos que cobre os afrescos das paredes e teto da construção, revelando assim, pela primeira vez, a verdadeira riqueza dessas pinturas históricas.
As pinturas chamaram atenção dos especialistas devido às suas cores vibrantes, que foram preservadas justamente por conta do acúmulo de resíduos que escondiam seu esplendor.
Templos e representações antigas dos deuses eram frequentemente pintados em cores brilhantes, mas geralmente desbotaram ou até desapareceram totalmente como resultado de influências externas”, explicou Christian Leitz, que esteve envolvido na pesquisa, conforme repercutido pelo Phys.org.
As imagens em alto-relevo documentadas foram identificadas como representações das deusas egípciasNekhbet e Wadjet. A primeira divindade tem a forma de um abutre, e a segunda de uma serpente. Na seção central do teto, existe nada menos que 46 pinturas diferentes das duas.
Um detalhe de relevância é que, antes desses esforços, o Templo de Knhum já havia sido analisado pelo egiptólogo Serge Sauneron a partir de 1950. Através das técnicas modernas de limpeza e restauração da construção, todavia, as cores dos afrescos finalmente ficaram visíveis.
Pela primeira vez podemos ver todos os elementos decorativos em relação uns aos outros", concluiu Leitz.