Após oito anos de espera, ossada pré-histórica de dinossauro herbívoro começa a ser estudada por especialistas
Redação Publicado em 24/08/2024, às 07h05 - Atualizado às 14h17
Em Presidente Prudente (SP), a Escola Técnica Estadual (Etec) “Professor Doutor Antônio Eufrásio de Toledo” revelou ao público as primeiras imagens do maior fóssil de pelve de um titanossauro já encontrado no Brasil, agora finalmente fora do gesso. A impressionante descoberta foi feita em 2014 por paleontólogos em uma fazenda na cidade de Alfredo Marcondes (SP), mas só após oito anos de cuidadoso trabalho, o fóssil foi retirado da terra para estudos mais detalhados.
Conforme o g1, o diretor da Etec, Thadeu Spósito, destacou que cerca de uma tonelada de gesso e resíduos de solo já foram removidos da ossada desde que os trabalhos intensivos começaram, em 23 de julho deste ano.
Para assegurar a integridade da peça, foram usados 400 quilos de gesso apenas para sustentar e basear o fóssil, que estava bastante fragilizado devido à longa exposição às intempéries.
O próximo passo na preservação do fóssil será dado pelo biólogo Kauê da Silva Fontes, que aplicará uma camada de paraloid, uma resina termoplástica, para estruturar internamente a peça. A previsão é que na próxima semana, o fóssil seja transportado para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde será submetido a um processo minucioso de limpeza e análise científica.
O doutor em paleontologia André Eduardo Piacentini Pinheiro, que coordena o Laboratório de Paleontologia de São Gonçalo, enfatizou a importância desta descoberta. Segundo ele, este fóssil é uma das únicas bacias completas de titanossauros conhecidas no Brasil e pertenceu a um animal de grandes proporções, possivelmente com até 30 metros de comprimento.
Segundo o G1, ainda resta confirmar a espécie exata do titanossauro a que pertence esta ossada.
