O item possui uma inscrição com as iniciais "AH", referentes ao nome do líder nazista
A Bloomfield Auctions, uma casa de leilões sediada em Belfast, a capital da Irlanda do Norte, colocará à venda no próximo dia 6 de junho um lápis que teria pertencido a ninguém menos que Adolf Hitler.
O instrumento de escrita possui algumas inscrições relevantes, como o nome "Eva", e ainda as letras "AH", que são as iniciais do ditador alemão. O valor especulado para sua compra é entre 50 e 80 mil libras esterlinas, que é equivalente a entre 309 mil e 495 mil reais na cotação atual.
Os consultores da Bloomfield acreditam que o objeto tenha sido presenteado a ele por sua parceira, Eva Braun — vale mencionar que, embora o casal tenha passado anos juntos, apenas foram oficialmente casados por algumas horas.
Existe ainda a especulação a respeito da data em que o lápis foi dado: no aniversário de 52 anos de Hitler, ocorrido em abril de 1941, em meio à Segunda Guerra Mundial. As informações foram divulgadas pelo The Guardian.
A importância do lápis pessoal gravado de Hitler reside no fato de que ele ajuda a desvendar um pedaço oculto da história, dando uma visão única das relações pessoais de Hitler, que ele escrupulosamente manteve escondido dos olhos do público, explicou Karl Bennett, que é diretor-gerente da casa de leilões norte-irlandesa.
"Grande parte do apelo pessoal de Hitler durante sua ditadura derivou de sua identidade cuidadosamente construída como o pai da nação alemã, que rejeitou a conexão pessoal em favor da lealdade ao seu país (...) Este símbolo de amor de um lápis personalizado de Eva em seu aniversário ajuda a revelar o engano por trás da fachada pública de Hitler", acrescentou o profissional.
Além do lápis, o evento contará com outros interessantes itens históricos, como uma fotografia do líder nazista que conta com sua assinatura, e um documento escrito à mão pela rainha Vitória, que governou a Inglaterra entre 1837 e 1901.
O papel consiste em um perdão concedido pela monarca a um grupo de rebeldes irlandeses que teriam sido considerados culpados de traição à Coroa.