Pesquisadores descobriram que os jovens de um grupo da Idade da Pedra mastigavam um tipo de resina durante situação curiosa; confira!
Uma recente análise de resina mastigada por adolescentes há aproximadamente 9,7 mil anos, durante a Idade da Pedra, no sítio arqueológico de Huseby Klev, na ilha sueca de Orust, forneceu percepções surpreendentes sobre a dieta e a saúde bucal desses antigos habitantes.
O estudo, registrado em 18 de janeiro na revista Scientific Reports, foi conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores. O material mastigado, conhecido como “goma de mascar mesolítica”, já havia sido objeto de um estudo anterior que explorava dados genéticos humanos.
Agora, a nova análise revela que os jovens mastigaram resina para produzir cola, logo após se alimentarem de truta, veado e avelãs. Os adolescentes faziam parte de um grupo acampado na costa oeste da Escandinávia, ao norte do que hoje é Göteborg.
O estudo aponta que uma das jovens do grupo sofria de periodontite, uma infecção grave nas gengivas. Essa condição dificultava sua capacidade de consumir carne de veado e mastigar a resina, segundo a revista Galileu.
Há uma riqueza de sequências de DNA na goma mastigada de Huseby-Klev, e nela encontramos tanto as bactérias que sabemos estar relacionadas à periodontite quanto DNA de plantas e animais que eles [os jovens] tinham mastigado anteriormente", afirma Emrah Kırdök, coordenador do estudo.
Os cientistas aplicaram ferramentas analíticas computacionais para distinguir diferentes organismos e espécies presentes na goma mastigada. Os dados revelaram um aumento na abundância de micróbios associados à periodontite, proporcionando um vislumbre da saúde bucal precária durante o Mesolítico Escandinavo.
Anders Götherström, pesquisador do Centro de Paleogenética de Estocolmo e coautor do estudo, destaca que os resultados fornecem “um instantâneo da vida de um pequeno grupo de caçadores-coletores na costa oeste escandinava”.