O mais novo lançamento da pesquisadora Poliana da Silva Ferreira investiga a ação inadequada de policiais. Entenda!
Recém-lançado pela Editora Jandaíra, com o selo Justiça Plural, o livro 'Justiça e letalidade policial', da pesquisadora Poliana da Silva Ferreira, analisa condutas de oficiais a serviço do Estado.
A autora é mestre e doutoranda em Direito pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Além disso, atua no Grupo de Pesquisa em Criminologia da Universidade do Estado da Bahia, do Núcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena da FGV e do Núcleo de Justiça Racial e Direito.
Após policiais militares assassinarem dois homens negros, em São Paulo, a pesquisadora decidiu analisar o episódio. Na época, o crime foi amplamente repercutido pela imprensa. Um dos policiais envolvidos alegou, ainda, que havia atirado contra a vítima desarmada e já rendida. Contudo, o oficial foi absolvido.
Motivada pelo caso, Poliana da Silva Ferreira decidiu investigar a fundo os motivos pela absolvição do agente, uma vez que ele teria confessado ter atirado contra a vítima apenas por 'raiva'.
A partir disso, a pesquisadora analisou o tratamento judicial dado nas três esferas do Direito: criminal, civil e administrativa. Além disso, ela apresentou em seu livro uma reflexão minuciosa sobre questões estruturais e institucionais da polícia brasileira.
A obra 'Justiça e letalidade policial' já encontra-se disponível na Amazon, em formato Kindle e edição física.
Entre 2016 e 2020 foram contabilizados no Brasil mais de 27.000 vítimas fatais em decorrência de abordagens policiais. Em 2018, em média 17 pessoas foram mortas por dia pela polícia, de acordo com os relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entidade, não governamental composta por pesquisadores e policiais. Na pandemia, não houve trégua. 5.660 mortos. Ou seja, a alta letalidade nas ações policiais constitui uma realidade. O fenômeno é notório, o problema, dramático.